O tabloide britânico “The Sun” publicou supostos detalhes da autópsia do cantor norte-americano Michael Jackson, morto na quinta-feira(25). Segundo o jornal, Jackson pesava apenas 51 quilos, tinha comprimidos parcialmente dissolvidos no estômago e apresentava várias costelas quebradas.
De acordo com as informações do jornal britânico, que se refere ao primeiro exame “post-mortem” realizado no corpo de Jackson, o cadáver do “rei do pop” era quase um esqueleto e estava muito deteriorado. Ele não havia comido nada e só tinha comprimidos no estômago, aparentemente ingeridos antes da injeção de analgésicos que teria causado a parada cardíaca que o matou.
Como resultado dos esforços para reanimá-lo, o cantor, de 50 anos, apresentaria costelas fraturadas e quatro marcas de injeções em torno do coração, realizadas com o objetivo de injetar adrenalina. Além disso, Michael tinha ficado praticamente careca e, de fato, usava peruca, indica o “Sun”.
Os legistas também encontraram hematomas nos joelhos e tíbias do cantor, assim como nas costas, que poderiam ser as sequelas de uma recente queda. Ainda segundo o jornal, o corpo do cantor estaria cheio de cicatrizes cirúrgicas provocadas por pelo menos 13 operações estéticas.
“A família e os fãs de Michael ficarão horrorizados quando se derem conta do péssimo estado no qual ele se encontrava”, declarou ao jornal uma fonte próxima à estrela. A família de Jackson decidiu fazer uma segunda autópsia no final de semana, independente da realizada pelo IML de Los Angeles.
O “The Sun” publicou dados da autópsia, depois que o médico pessoal de Michael Jackson, Conrad Murray, ficou no fim de semana passado em liberdade e livre de suspeita, após o interrogatório de três horas ao qual a Polícia lhe submeteu.
A porta-voz do médico, Miranda Sevcik, disse que Murray respondeu a “todas e a cada uma das perguntas” realizadas pelos policiais, que trabalham para esclarecer os motivos da morte do cantor, da qual o médico foi testemunha presencial. De acordo com o jornal britânico, a família de Michael está preparando um processo multimilio-nário contra o médico.
Segundo a imprensa norte-americana, o clã Jackson devia se encontrar com o pastor Al Sharpton, defensor dos direitos civis, para conversar sobre o enterro do ídolo. No entanto, existe a possibilidade do corpo do cantor ser sepultado em sua antiga propriedade, o rancho Neverland.
Fontes da revista “The Hollywood Reporter” afirmaram que o senegalês Tohme Tohme – ex-porta-voz, amigo de Jackson e, hoje, integrante da companhia de investimentos Colony Capital, responsável pela hipoteca de Neverland – propôs à família do artista transformar a propriedade em um parque temático que honre a memória do popstar e se transforme em um lugar de peregrinação para fãs de todo o mundo, à imagem e semelhança do sítio Graceland, de Elvis Presley.
Mistério
O mistério paira sobre as causas exatas da morte do ídolo. De acordo com o Los Angeles Times, que citou fontes envolvidas na investigação, a segunda conversa entre a polícia e o médico da estrela, Conrad Murray, que seria a última pessoa a ter visto Michael Jackson vivo, não permitiu estabelecer qualquer “prova flagrante” de sua eventual responsabilidade na morte do cantor.
Segundo diversos testemunhos, Murray teria aplicado ao astro uma injeção de Demerol, um poderoso analgésico, pouco antes de sua morte.
O advogado do médico, no entanto, negou que ele tenha dado qualquer analgésico ao cantor antes de sua morte. Segundo Edward Chernoff, as informações são “totalmente falsas”. O cardiologista “esclareceu algumas incoerências” referentes à morte de Jackson, afirmou a porta-voz do médico, Miranda Sevcik, em comunicado publicado na noite de sábado. “Os investigadores disseram que ele não é de forma alguma conside-
rado como um suspeito, mas apenas como uma testemunha desta tragédia”, ressaltou.
A segunda autópsia, pedida pela família, foi realizada sábado(27), mas os resultados ainda não são conhecidos. Os resultados preliminares da primeira necropsia permitiram descartar um ato criminoso.
A ex-babá dos filhos de Michael Jackson, Grace Rwaramba, afirmou à imprensa britânica ter feito, diversas vezes, uma lavagem estomacal ao cantor, para livrar seu organismo dos coquetéis de analgésicos que tomava.
No domingo(28), David Axelroad, principal conselheiro de Barack Obama, declarou à rede NBC que o presidente americano preferiu escrever diretamente à família de Michael Jackson. “O presidente escreveu e compartilhou seus sentimentos com a família, por considerar que era a me-lhor maneira de agir”, explicou Axelroad, respondendo aos questionamentos sobre a ausência de declarações públicas de Obama sobre o falecimento do artista.

