O condado de Miami-Dade está pronto para liberar a reabertura de espaços fechados de diversão, como cinemas e pistas de boliche, dois meses depois de serem fechados por ordem de emergência pela pandemia.
Com todas as regras de segurança pelo novo coronavírus em vigor, o prefeito de Miami-Dade, Carlos Gimenez, disse que assinaria o pedido para reabrir os espaços internos, se estiverem prontos, até esta sexta-feira, 18.
No entanto, as regras exigem exibições com metade do público e proíbem os clientes de comer pipoca em seus assentos. Junto com o limite de 50% da capacidade dos cinemas, comidas e bebidas só serão permitidas em áreas designadas.
Essa é uma regra mais rígida do que a que está em vigor desde a reabertura dos cinemas em junho no condado de Broward, onde os clientes podem tirar as máscaras para comer e beber em seus lugares enquanto assistem a um filme.
Diminuição dos números
O prefeito prevê a reabertura maior do setor de entretenimento 'indoor', como cinemas e pistas de boliche como parte da diminuição dos números de casos de infecção e mortes pelo coronavírus no condado, mas também pelo reforço de pontos de testes móveis.
Duas vans móveis de teste serão implantadas pelo condado e vão rodar pelos pontos próximos a esses locais. “Eles farão paradas em supermercados, parques, até mesmo no Zoo Miami e em instalações esportivas”, disse Gimenez.
Ao todo, desde o início da pandemia, a Flórida registrou 671,201 casos e 12,939 mortes pela Covid-19, até esta quinta-feira, 17. Miami-Dade registra 164.502 casos confirmados, 7.617 hospitalizações e 2.977 mortes pela doença, de acordo com o Departamento de Saúde.
Informações ao telefone
A taxa de positividade da COVID de Miami-Dade manteve uma boa tendência de queda, mas com isso vem uma realidade preocupante, que é que os esforços críticos de rastreamento de contato que estão sendo bloqueados pela população no sul da Flórida. Metade das pessoas contatadas pela secretaria de saúde não está cooperando. Funcionários do departamento ligam para aqueles com teste positivo para COVID-19 para coletar informações sobre seus movimentos, como quem eles estiveram por perto e podem ter infectado. Nenhuma informação financeira ou médica é solicitada, mesmo assim, a população está com receio de repassar a informação tão necessária no momento. “O maior medo é a desconfiança”, disse a Dra. Yesenia Villalta do Departamento de Saúde da Flórida. “Eles acham que pode ser um golpe, esse é o maior fator que estamos vendo.”Aplicativo de rastreamento
Também foi lançado recentemente a versão do próprio Miami-Dade County de um aplicativo de rastreamento, que está disponível para download. Chama-se Combat COVID MDC e alerta qualquer pessoa que tenha estado perto de uma pessoa com resultado positivo para COVID-19 sem transmitir informações de identificação. Os esforços do condado de Miami-Dade receberam aprovação em um relatório de estado por estado da Força-Tarefa Coronavirus da Casa Branca. Com informações da ABC News.