Los Angeles
– O Brasil, o cinema e o jornalismo perderam hoje, dia 19 de junho, o maior crítico de cinema brasileiro. O jornalista Rubens Ewald Filho faleceu na tarde de quarta-feira em São Paulo, ao 74 anos. Rubens estava internado em estado grave desde o dia 23 de maio, no Hospital Samaritano, no bairro de Higienópolis, em São Paulo, após sofrer um desmaio seguido de queda em uma escada. Como jornalista e crítica de filmes, hoje estou me sentindo órfão, Rubens era uma referência, uma apaixonado pela sétima arte! Dono de uma vasta memória cinematográfica, Rubens sempre foi versátil e desempenho várias funções ao longo de sua carreira de crítico. Rubens assistiu a mais 37 mil filmes entre longas e curtas-metragens. Rubens escreveu sobre os lançamentos das telas grandes, blu-ray, DVDs e televisão. Claro que tudo começou com as críticas dos longas que saiam em fitas VHS. Rubens levou todo esse conhecimento do cinema para a TV Globo, TV Cultura e para os canais de TV por assinatura, como HBO, Telecine e TNT, onde participava das transmissões do Oscar, o prêmio mias importante do cinema. Além disso, esteva na liderança de importante festivais de cinema do Brasil – como consultor do Projeto Paulínia Magia do Cinema & Polo de Cinema e curador dos festivais de Paulínia e Gramado.
Aqui deixou uma das frases que ele falou sobre o que é ser um crítico de verdade: “No fundo, todo crítico quer ser amado. Mas ou você faz uma crítica honesta ou escreve para ser amado. Polêmica sempre deu leitura, mas o trabalho do crítico é ser honesto e destrinchar o filme para o público que vai ao cinema”
Onde tudo começou
Rubens nasceu em Santos e a paixão pelo cinema nasceu cedo. Desde de criança, ele anotava os filmes que assistia, incluindo uma ficha técnica. Nos anos 70, el começou a se dedicar ao cinema, primeiro como ator, em filmes como As Gatinhas (1970) e, depois, como roteirista. Em 1977, Ruberns escreveu Dicionário de Cineastas, obra de referência para críticos. Eu mesmo usei muito e ainda uso o dicionário. A carreira de jornalista iniciou mesmo no jornal A Tribuna de sua cidade natal. Rubens também trabalhou no Jornal da Tarde e no O Estado de S.Paulo e foi colaborador da revista Veja nos anos 90.