Brasileiros relatam bullying sofrido pelos filhos em escolas da Flórida
Em um outro recente caso de bullying severo, um menino de seis anos foi hospitalizado com várias lesões depois de enfrentar um grupo de meninos para defender um amigo. O caso aconteceu no condomínio da família em Olympia, estado de Washington, no dia 22 de agosto, de acordo com o jornal KOMO. Eles bateram em Carter English com pedras e gravetos e esfregaram serragem em seus olhos. O garoto acabou com um braço quebrado, olhos dilacerados e vários cortes e contusões na cabeça e no rosto. A polícia de Olympia está investigando o caso e disse ter identificado uma criança de cinco anos que eles acreditam ter iniciado tudo e planejam envolver os serviços sociais. O caso foi apresentado brevemente ao Ministério Público, mas devido à idade de todos os envolvidos, o caso não resultará em uma referência criminal. "Eu realmente não sei o que estou esperando para que as pessoas saibam que isso não é aceitável. O bullying não é coisa boa. Não há motivo para intimidar alguém”, disse a mãe Dana English, em lágrimas. Para a psicanalista Adriana Tanese Nogueira* , um dos problemas é a falta de percepção dos pais. “O bullying se combate em casa em primeiro lugar. Para uma criança (ou qualquer um) chegar ao suicídio tem um longo caminho feito de tristeza, desamparo e depressão. Quando vemos uma criança assim, temos a obrigação de nos importar. Em primeiro lugar os pais, mas também as professoras, os adultos da escola. Em segundo lugar, o bullying se combate nas escolas, com diretorias que investem em conscientizar professores e auxiliares de todo o tipo para ver, observar, cuidar. Em terceiro lugar, o bullying se combate mudando uma cultura, a do bullying, e isso nas escolas (quer irão se mexer mais rapidamente se os pais se mexerem)”, acrescenta. Para a especialista, é preciso “ajudar as crianças a compreender e aceitar a diversidade humana, a não se sentir ameaçadas pelo ‘outro’. E aí o esforço é de todos nós, pessoas conscientes e boas que queremos um mundo melhor. Como se diz, 'Pior não é quem faz o mal, mas o bom que não faz nada”, completa. Neste mês de setembro é iniciada a campanha mundial para conscientizar a população sobre a realidade do suicídio e mostrar que existe prevenção em mais de 90% dos casos, segundo a Organização Mundial da Saúde. * Adriana Tanese Nogueira - Life Coach, Terapeuta Transpessoal, autora e formadora de opinião. Leia mais sobre o assunto emAluno que atirou e matou estudantes no Texas era alvo de bullying
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