Embaixador diz que pressionou a Ucrânia cumprindo ordem de Donald Trump

Havia um claro "toma lá dá cá" entre a Casa Branca e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky

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Gordon Sondland depôs ao Comitê de Inteligência da Câmara.

O embaixador dos Estados Unidos para a União Europeia, Gordon Sondland, disse na quarta-feira, 20, ao Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados que investiga o impeachment de Donald Trump, que ele e outras autoridades americanas pressionaram a Ucrânia a investigar democratas "porque o presidente nos direcionou a fazê-lo".

Sondland confirmou que trabalhou com o advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani, nas questões da Ucrânia sobre "as ordens do presidente e que havia um claro "toma lá dá cá" que vinculava um encontro na Casa Branca com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a investigações dos rivais políticos de Trump, um deles o filho do democrata Joe Biden.

Empresário do setor de hotéis que fez doações ao Partido Republicano antes de se tornar embaixador, Sondland afirmou que ele e outros dois: Rick Perry, secretário de energia, e Kurt D. Volker, enviado especial para a Ucrânia, pressionaram os ucranianos por insistência de Trump.

Sondland disse ainda que o secretário de Estado, Mike Pompeo, estava ciente e "apoiava totalmente" seus esforços na Ucrânia.

O inquérito da Câmara concentra-se em um telefonema em 25 de julho, no qual Trump pediu a Zelenskiy que realizasse duas investigações que o beneficiariam politicamente, incluindo o rival democrata Joe Biden.