ONG diz que polícia do Chile violou direitos humanos

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Registro de manifestante e policiais em protesto em Santiago, no Chile.

A polícia nacional do Chile cometeu sérias violações de direitos humanos, inclusive assassinatos, ao empregar força para controlar os protestos de rua no país, afirma a ONG Human Rights Watch em um relatório na terça-feira, 26.

A ONG contabilizou 442 constatações de crimes cometidos por policiais que incluem agressões, tratamento cruel, tortura, estupro, assassinatos e tentativas de assassinato.

"Há centenas de relatórios preocupantes por uso excessivo de força nas ruas e abuso de pessoas detidas, incluindo espancamentos brutais e abuso sexual que deveriam ser prontamente investigados para garantir o acesso das vítimas à Justiça", disse José Miguel Vivanco, diretor para as Américas da Human Rights Watch.

As manifestações começaram no país depois de um anúncio de 30 pesos (R$ 0,17) das tarifas de metrô. No dia 18 de outubro, as manifestações ficaram mais agressivas e, então, o governo decretou estado de emergência e enviou o exército para as ruas. Há vítimas que denunciam abusos por parte de policiais nas ruas ou delegacias.