Madri, epicentro da epidemia, realiza funerais em drive-through

Em um dos principais cemitérios de Madri o crematório recebe um corpo a cada 15 minutos e realiza velório na calçada em menos de 5 minutos

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Cerimônias de despedida são realizadas na calçada.

Novo epicentro da pandemia, a Espanha tem vivido dias intensos. Com tantas mortes contabilizadas (14,684 até o fechamento desta edição) devido ao coronavírus, os corpos das vítimas estão sendo cremados, sem direito a velório apropriado.

Em um dos principais cemitérios de Madri - que responde por 40% das mortes na Espanha - o La Almudena, o crematório recebe um corpo a cada 15 minutos, mais ou menos. Os carros funerários param em frente ao crematório e as cerimônias são breves. A família tem poucas chances de se despedir do parente, devido ao grande volume. Do início ao fim, as bênçãos e orações não duram mais que cinco minutos.

Velório na calçada

É assim que o processo de luto público vem ocorrendo no país. Não apenas as pessoas perderam um ente querido, mas estão tendo que dizer adeus com muito poucas outras por perto. Algumas pessoas transmitem o breve serviço, realizado na calçada, em seus telefones para que familiares e amigos compartilhem o momento.

Há três semanas o país, que tem 46.6 milhões de habitantes, passou a ocupar as manchetes como epicentro do coronavírus - com 146,752 casos confirmados e 14,684 mortes registradas até a tarde de quarta-feira, dia 8.

As informações são da CNN.