A Suprema Corte determinou o fim do censo de 2020 no final de outubro. O governo de Donald Trump tinha solicitado ao órgão que suspendesse uma decisão de um tribunal inferior que permitia que a operação prosseguisse para depois do fim deste mês.
A Casa Branca justificou a sua pretensão do fim imediato das operações de recenseamento para que a agência do Censo tivesse tempo suficiente para trabalhar os números antes do prazo limite obrigatório, do final do ano, que vão ser usados para decidir a atribuição aos Estados de lugares no Congresso.
Vários governos locais e grupos de direitos civis tinham processado o governo de Trump, argumentando que as minorias e outras comunidades como as rurais, difíceis de recensear, não seriam recenseadas se as operações terminassem mais cedo.
Consideraram inclusive que o calendário do recenseamento foi reduzido para acomodar uma ordem de Trump, datada de julho, para excluir imigrantes das contagens usadas para decidir aquela atribuição de lugares no Congresso.
A decisão dos juízes da Suprema Corte veio como a maior associação de estatísticos do país, e até mesmo os próprios responsáveis pelo censo e parceiros do Censo dos EUA têm levantado questões sobre a qualidade dos dados que estão sendo coletados - números que são usados para determinar quanto financiamento federal e quantos assentos no Congresso são atribuídos aos estados.
Críticos afirmam que Trump, que busca a reeleição no mês que vem contra o opositor Joe Biden, procurou arquitetar uma contagem inferior em áreas com tendência democrata com grande população de imigrantes e latinos.
A precisão da contagem do censo é fundamental, pois determina como a Câmara dos Deputados e as legislaturas estaduais definem os distritos eleitorais durante a próxima rodada de redistritamento e orienta o governo federal na alocação de US$ 1,5 trilhão em ajuda por ano.
Após a decisão da Suprema Corte, o Censo disse que as operações de campo terminariam nesta quinta-feira, 15.Com informações da Associated Press.
