As primeiras imunizações contra a COVID-19 nos Estados Unidos podem ocorrer em 12 de dezembro, de acordo com o Dr. Moncef Slaoui, consultor científico e chefe da “Operação Warp Speed" - uma força-tarefa criada para acompanhar as vacinas.
Slaoui disse no domingo, 22, que um comitê consultivo da Food and Drug Administration deve se reunir em 10 de dezembro para discutir o pedido da Pfizer de autorização de uso emergencial para o desenvolvimento da vacina COVID-19.
Segundo o chefe da operação, profissionais de saúde, idosos e pessoas com doenças crônicas podem começar a receber vacinas dentro de um ou dois dias após o consentimento regulatório no próximo mês.
Cerca de 70% da população dos EUA de 330 milhões precisaria ser inoculada para obter imunidade de “rebanho” ao vírus, uma meta que o país poderia alcançar até maio, de acordo com Slaoui.
Na semana passada, a Pfizer informou que sua vacina tem 95% de eficácia contra a infecção do novo coronavírus.
Uma segunda empresa farmacêutica, Moderna Inc, também deve buscar aprovação separada no final de dezembro para sua vacina.
“Dentro de 24 horas a partir da aprovação, a vacina estará em movimento e localizada nas áreas onde cada estado terá nos informado onde eles querem as doses da vacina”, disse Slaoui ao programa “Meet the Press” da NBC. “Então, eu esperaria, talvez no segundo dia após a aprovação em 11 ou 12 de dezembro, esperançosamente, as primeiras pessoas serão imunizadas nos Estados Unidos”, disse ele no programa “Estado da União” da CNN.
Uma vez que a aprovação para uso de emergência seja concedida, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e um painel consultivo sobre práticas de imunização irão recomendar quem deve receber a vacina primeiro. Provavelmente incluirão médicos, enfermeiras e pessoal médico de emergência da “linha de frente”, bem como indivíduos considerados de maior risco de doença grave e morte pelo vírus, como os idosos.
As autoridades de saúde pública em cada estado serão responsáveis por administrar a distribuição da vacina, com as primeiras doses distribuídas aos estados proporcionais às suas populações, disse o consultor científico.
Os Estados Unidos ultrapassaram 12 milhões de casos de COVID-19 no sábado, com o número de mortos no país subindo para mais de 255.000 desde o início da pandemia.
Os dados da Reuters mostraram que o ritmo de novas infecções está acelerando, com quase 1 milhão de casos a mais documentados nos últimos seis dias, em comparação com os oito dias necessários para passar de 10 milhões para 11 milhões de casos.
