Especificamente no mercado de luxo, os 'millennials' já representam 38% dos consumidores. Aparentemente pode ser um paradoxo de "surpresa" e "naturalidade", afinal a naturalidade ocorre na medida que essa geração envelhece e passa a ter um poder de compra maior.
Ao mesmo tempo, essa faixa etária - adultos nascidos entre 1981 e 1996 - tem o estereótipo de pouco apego aos bens materiais e isso gera a surpresa de comprar um imóvel de luxo.
Todos precisam de moradia, inclusive os 'millennials'. Mas a surpresa está em ver que 38% do mercado de compra e venda de luxo já pertencem a eles. A geração de hiper conectados à internet administra empresas de tecnologia avaliadas em milhões.
Com tanto poder aquisitivo, esses milionários não têm onde investir tanto dinheiro, então oportunidades no mercado imobiliário é o que "resta" a fazer.
De acordo com a Associação Nacional de Realtors, essa geração sempre teve interesse em comprar um imóvel. Mas eles meramente decidiram esperar mais para a primeira compra. E, quando compram, essa fatia da população considera fundamental alguns itens que pesam no bolso. A consequência disso é que eles são hoje uma fatia importante do mercado de luxo.
O conceito de casa inteligente é um bom exemplo de itens mais caros. Essa geração sabe como usar a tecnologia e são muito preocupados com o meio ambiente. Por isso, de exemplos simples como poder andar para o comércio local a necessidades mais direcionadas ao conforto do cliente, como ter um ponto de recarga do Tesla na garagem e o imóvel consumir energia limpa, são muito importantes.
Para um millennial, esses diferenciais podem fazer toda a diferença na decisão de comprar seu próximo lar.
De acordo com dados do site statista.com, os millenials são o maior grupo de adultos nos Estados Unidos. É um mercado com mais de 72 milhões de consumidores, além de não ser possível ignorar esse filão, são pessoas muito bem informadas, com interesse diferenciado e dinheiro no bolso.
Então, nas novas construções, aparatos tecnológicos como sensores sensíveis ao toque, consumo de energia limpa, e Amazon nest, não são mais considerados itens supérfluos, mas de necessidade para esse público.
Outro ponto a considerar é que a pandemia do novo coronavírus acelerou esse movimento de compra dessa geração. Isso porque o trabalho remoto passou a ser mais aceito e já está quase dominando a rotina de diversas famílias. Com mais tempo em casa, começar a ter privacidade e conforto também na residência passou de pouco importante para um item prioritário literalmente do dia para a noite.
Com um mercado imobiliário tão aquecido quanto o atual nos Estados Unidos, investir em satisfazer o apetite dessa fatia de consumidores pode ser a diferença entre vender a um preço elevado e ser obrigado a dar descontos.
