A variante brasileira do SARS-CoV-2, conhecida como P.1, foi encontrada em um residente da Geórgia que mora no condado de Newton, a sudeste de Atlanta, confirmou o Departamento de Saúde Pública da Geórgia.
A descoberta da variante brasileira na Geórgia torna-se a terceira variante do SARS-CoV-2 (COVID-19) descoberta no estado. O Departamento de Saúde Pública da Geórgia disse que também houve 351 casos da variante do Reino Unido junto com 15 casos da variante sul-africana do COVID-19.
A variante P.1 provou ser muito problemática no Brasil. De acordo com o New York Times, três estudos com a mutação brasileira descobriram que ela provavelmente começou em novembro e levou a um aumento recorde de casos e foi dominada em algumas cidades devido ao aumento da contagiosidade.
O Times também informou que a variante pode ter a capacidade de infectar algumas pessoas que tinham imunidade de casos anteriores de COVID-19. No entanto, o Times disse que os novos estudos ainda não foram publicados e os autores alertaram que "descobertas em células em laboratórios nem sempre se traduzem no mundo real, e eles apenas começaram a entender o comportamento de P.1", diz o estudo.
Especialistas disseram à BBC que a semelhança entre as três variantes (Brasil, Reino Unido e África do Sul) parece ser a mudança em sua proteína spike, que permite que o vírus se fixe às células humanas. Por causa das mudanças, relata a BBC, as novas variantes "parecem ser melhores para infectar células e se espalhar".
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) disseram que as mudanças ocorrem em "três mutações no domínio de ligação ao receptor da proteína de pico: K417T, E484K e N501Y". A variante foi descoberta pela primeira vez no Japão em quatro viajantes do Brasil.
A Geórgia é agora o 15º estado a relatar pelo menos um caso da variante brasileira do COVID-19 juntando-se a outros como Flórida, Texas, Califórnia, Ohio e Arizona.
Fonte: CBS 46
