O governador da Califórnia, Gavin Newsom, assinou uma nova lei na terça-feira, 22, tornando o aborto mais barato para pessoas em planos de seguro privado.
A Califórnia já exige que as seguradoras de saúde cubram abortos. Mas as seguradoras geralmente cobram coisas como co-pagamentos e franquias que podem adicionar uma média de US$ 543 ao custo de um aborto medicamentoso e US$ 887 ao custo de um aborto processual, de acordo com uma análise do Programa de Revisão de Benefícios de Saúde da Califórnia.
Agora, a lei elimina essas taxas. Embora a lei torne os abortos mais baratos, também aumentará ligeiramente os prêmios mensais para pacientes e seus empregadores. Mas a economia com a eliminação das taxas será maior do que o aumento dos prêmios, de acordo com uma análise do Programa de Revisão de Benefícios de Saúde da Califórnia.
A lei, de autoria da senadora estadual Lena Gonzalez, torna a Califórnia o quarto estado a proibir as taxas – juntando-se a Illinois, Nova York e Oregon.
Esse é o primeiro de mais de uma dúzia de projetos de lei que os líderes democratas do estado planejam aprovar este ano para se preparar para uma possível decisão da Suprema Corte.
Espera-se que a Suprema Corte dos EUA decida neste verão se mantém uma lei no Mississippi que proíbe o aborto após 15 semanas de gravidez. Durante uma audiência pública sobre o caso no ano passado, a maioria dos juízes indicou que estava disposta a defender a lei e até mesmo a derrubar Roe v. Wade, a decisão histórica de 1973 que proibiu os estados de proibir o aborto.
Se o fizerem, pelo menos 26 estados provavelmente proibirão o aborto ou limitarão severamente o acesso, de acordo com o Instituto Guttmacher, uma organização de pesquisa e política que apoia o direito ao aborto. Fonte: Associated Press
