Ácaros, poeira e pólen. Quem não sofre com as alergias comuns da primavera ou do outono? Elas acontecem durante todo o ano, mas mais fortes nessas estações, devido a níveis de pólen acima da média.
A temporada de alergia ao pólen geralmente começa no início de fevereiro (primavera nos EUA) e continua até o início do verão. Mas um estudo publicado na revista acadêmica Nature Communications no mês passado indica que a temporada pode se tornar ainda mais longa devido às mudanças climáticas.
A Asthma and Allergy Foundation of America classificou recentemente as 100 áreas metropolitanas piores para os alérgicos sazonais. A fundação usou dados do U.S. Census Bureau de 2019, pontuações de pólen, vendas de medicamentos para alergia sem receita e estimativas de acesso a cuidados de saúde específicos para alergias.
A lista de capitais de alergia de 2022 da AAFA mostra que os estados com o maior número de cidades sazonais de alergia “desafiadoras” são Connecticut, Texas e Nova York – que têm três cidades cada. Flórida, Pensilvânia e Carolina do Sul vêm em segundo lugar com duas cidades cada.
Breno Bacarense, Gerente médico da Generic Pharmacy, explica os sintomas mais comuns e como prevenir, principalmente pelas crianças, que são mais vulneráveis.
- “Nessa época do ano, com a entrada da primavera, os números de casos aumentam, pois, os fatores mais comuns, causadores das alergias respiratórias são, os ácaros, a poeira e o pólen. Com o tempo quente e úmido aumenta a proliferação dos ácaros. A prevenção é o melhor caminho, pois crises alérgicas afetam o sono e a qualidade de vida dos alérgicos. A melhor maneira de prevenir as crises é a higiene do ambiente, ou seja, constante limpeza de quartos e banheiros, lembrando que o lugar preferido dos ácaros são travesseiros, colchões e almofadas, sendo necessária a higienização rotineira dos mesmos. O aspirador de pó pode ser um grande aliado. Ambientes tem de ser arejados o máximo possível e se, mesmo assim os sintomas ainda persistirem, o médico pode avaliar a necessidade de medição preventiva das crises”.
“Alergias respiratórias são muito comuns e afetam um grande número de pessoas. As que sofrem mais com ela são as crianças, pois têm os mecanismos de defesa menos eficientes, naturalmente ainda em formação. Os sintomas mais comuns são: nariz entupido, tosse e dor de cabeça, mas em casos mais graves, pode haver falta de ar, crise de bronquite e até mesmo evoluir para alguma infecção. Para os pais de crianças alérgicas, recomenda-se levar ao médico logo no início dos sintomas, pois pode ser confundida com um resfriado comum e quanto mais cedo for controlada, melhor. O mesmo se aplica aos adultos. ”
Com sinusite crônica e rinite alérgica há mais de 10 anos, a brasileira Jaqueline Silva tenta amenizar com soro e outros recursos, mas o contato diário com produtos de limpeza, ar condicionado ou aquecedor, não contribuem. Ela trabalha com diariamente com limpeza de casas em Long Branch (NJ) e contou ao Gazeta News sobre como é ser uma pessoa alérgica.
“O que provoca é a exposição a mofo, poeira, pólen, pelos de pets, produtos químicos, etc. Depois que eu vim morar nos Estados Unidos, piorou, devido as estações do ano serem mais nítidas. Sempre tem o ar condicionado ligado ou o aquecedor e isso piora muito. Raramente sinto cheiro ou gosto da comida, mas quando chega na primavera é a pior estação, com o pólen a alergia piora muito", detalha.
Para se sentir melhor, Silva conta que faz limpeza das narinas com um aparelho elétrico com soro, e quando está em crise, faz uso diário de spray (fluticasone, conhecido como corticosteroide, que tem venda livre em farmácias, explica), e evita alguns alimentos que podem piorar, como apimentados e álcool.
