A temporada de furacões de 2022 começou oficialmente na quarta-feira, 1º de junho, e vai até 30 de novembro. Segundo o National Hurricane Center, são esperadas entre 14 e 21 tempestades nomeadas nesta temporada, entre seis e 10 furacões, dos quais entre três e seis poderão ser de grande intensidade (categoria 3 a 5).
Como de costume, o estado promove vendas livres de impostos de materiais de preparação para a temporada. Este ano, o período de vendas sem impostos vai até o dia 10 de junho, e, pela primeira vez, os moradores da Flórida poderão comprar suprimentos essenciais para animais de estimação sem impostos.
Com o início da temporada mais movimentada do ano, brasileiros que moram na Flórida relembraram ao Gazeta News as experiências tensas ou até engraçadas com passagens das tempestades.
"Eu sobrevivi ao Furacão Andrew no dia 24 de agosto de 1992 em Miami e Miami Beach. Eu estava no olho do furacão com minha ex-esposa e minha primeira filha, então com 3 meses de nascida. E mais dois gatos. O furacão Andrew foi um monstro de categoria 5, o mais poderoso dos furacões", conta Cleber Oliveira.
"Moro em Clearwater. O furacão Irma deixou muitos desabrigados por mais de uma semana. Foi no outono de 2017. Tivemos que sair do estado da Flórida às pressas. Até nosso gato correu para dentro da bolsa de viagem dele. Muitos ficaram sem gasolina. Lembro que a água do golfo do México saiu toda de Clearwater. Depois voltou, penso que brotou de novo, um mistério", relembra Daiane Costa.
"Eu moro em Tampa e no ano de 2005 vinha um furacão para cá. Então fui para o outro lado do estado, fugindo dele, em West Palm Beach. Chegando ao hotel, começou o alarme que o furacão tinha mudado a rota e iria passar por West Palm Beach. Então fugimos mais uma vez para Orlando e ele acabou passando por Orlando. Foi meu primeiro furacão na Flórida, junto com amigos", conta Diogo Zattar.
"Passei pelo Irma, em 2017, hospedado no All Star Movies, da Disney. Uma das experiências mais legais da minha vida", relembra Rafael Ribeiro.
“Estou aqui desde 2000, já passei por vários furacões pois eu morava em Bradenton, no golfo do México. Nesse meu primeiro ano, em setembro, um alerta de furacão surgiu na TV, primeira vez que vi e um temor tomou conta de mim. Eu tinha um Chevrolet Cavalier 1987 o qual os vidros não subiam. Eu o estacionei próximo a uma árvore. Passei uma corda por dentro dele e o amarrei na árvore. Um senhor cubano me gritava “Mira, no seas tonto, el huracán también se llevará el árbol”, mas nada aconteceu. Já em 2004, foi sim um perigo. O Charlie devastou muitas cidades, um barulho enorme e intermitente como um sopro, as copas das árvores faltavam encostar no chão, causou alguns prejuízos na minha casa e de muitas da vizinhança. Cidades próximas ficaram devastadas como North Port. Na minha casa estavam duas famílias acolhidas devido ao medo desse furacão, o mais forte que já peguei, os demais muito alarde, mas ficou nisso mesmo”, detalha Landiro Adriano.
PreparaçãoAs autoridades sempre orientam aos moradores para se prevenir e tomar medidas de proteção, bem como manter algum plano de emergência familiar, em preparação para a chegada de qualquer furacão. As cidades da Flórida mantêm abrigos e sempre avisam quando estarão abertos.
Dentre as dicas essenciais estão:
• Coloque protetores nas janelas e portas;
• Faça planos para sair da cidade caso tenha aviso de evacuação;
• Congele água em sacos plásticos e garrafas plásticas;
• Tenha todos os telefones totalmente carregados.
