O júri foi formado: cinco mulheres e sete homens foram selecionados para decidir o destino de Nikolas Cruz, 23, o atirador confesso que matou 17 alunos e funcionários da Marjory Stoneman Douglas High School, em Parkland, em 14 de fevereiro de 2018.
A seleção do júri começou em 4 de abril e durou semanas de pausas programadas e não programadas, enquanto a juíza e os advogados avaliavam as dificuldades para um julgamento que deve continuar até outubro. Mais de 1.500 moradores do condado de Broward foram interrogados.
O atirador se declarou culpado em outubro passado de 17 acusações de assassinato em primeiro grau e enfrenta a pena de morte para cada um deles. A única tarefa do júri será recomendar uma sentença de prisão perpétua ou a pena de morte. Sem uma recomendação unânime de pena de morte, Scherer não pode impor essa sentença. Cruz então pode passar o resto de sua vida na prisão sem possibilidade de liberdade condicional.
O julgamento começa em começa em 18 de julho. Além dos 12 selecionados, promotores, advogados de defesa e a juíza do circuito de Broward, Elizabeth Scherer, vão escolher ainda outros 10 jurados caso algum dos originais não possa concluir o julgamento.
Os jurados escolhidos foram dois executivos bancários e dois técnicos, um oficial de justiça, um profissional de recursos humanos e um supervisor de estoque da loja Walmart. Também estão incluídos um bibliotecário, um avaliador de sinistros médicos, um assistente jurídico, um oficial de imigração e um executivo de seguros aposentado.
Eles terão que revisar as evidências, visitar o prédio da escola e ouvir depoimentos e declarações finais antes de decidir se Nikolas Cruz deve ser executado por seus crimes.
O painel terá uma tarefa nunca enfrentada por um júri norte-americano. Até hoje, nenhum atirador em massa que matou esse número de (17) pessoas foi a julgamento. Nove outros morreram durante ou imediatamente após os ataques a tiros, foram mortos pela polícia ou suicidaram.
O próximo será o suspeito do assassinato de 23 pessoas em 2019 em uma loja do Walmart em El Paso, Texas, que ainda aguarda julgamento. Fonte: Sun Sentinel.
