Uma mãe vegana de Cape Coral (FL) foi considerada culpada de assassinar seu filho de 18 meses por alimentá-lo somente com frutas e vegetais crus. A criança morreu em setembro de 2019 o julgamento dela foi esta semana.
Na quarta-feira, 30 de junho, o júri condenou Sheila O'Leary, 38, por seis acusações: assassinato em primeiro grau; abuso infantil agravado; homicídio culposo; abuso infantil; e duas acusações de negligência infantil. O marido e pai da criança, Ryan Patrick O'Leary, 33, foi indiciado pelas mesmas seis acusações e aguarda julgamento.
De acordo com a justiça, o bebê pesava apenas 17 libras – sete libras abaixo da média – quando seus pais notaram que ele havia parado de respirar. Só aí que chamaram a emergência.
Após a prisão, o casal disse à polícia que Ezra seguia uma dieta vegana rigorosa – mas que também era amamentado.
Eles disseram que o menino não comia há cerca de uma semana antes de sua morte e estava tendo problemas para dormir. Uma autópsia descobriu que o menino morreu de complicações de desnutrição.
Os promotores acusaram a mãe de não procurar atendimento médico adequado para seu filho quando percebeu que ele estava doente. Ela chegou a pesquisar na internet quando a criança começou a passar mal, mas não o levou ao hospital imediatamente.
“Ela fez escolhas que mataram seu filho. Esta criança não comeu. Ele morreu de fome por 18 meses”, disse Francine Donnorummo, chefe da Unidade de Vítimas Especiais do Ministério Público. “Ela sabia o que precisava fazer", acrescentando que a condição da criança era crônica.
“Ela optou por desconsiderar seus gritos”, disse a promotora assistente Sara Miller durante as alegações finais. “Ela não precisava de uma balança para ver seus ossos. Ela não precisava de uma balança para ouvir seu choro.”
Os promotores acrescentaram que o casal também estava negligenciando seus outros três filhos – todos com menos de 11 anos – quando Ezra morreu.
“Estamos aqui porque seus filhos estavam morrendo de fome tanto que o mais novo morreu de fome”, disse Miller.
Os promotores lembraram aos jurados que, quando morava na Virgínia, antes de se mudar para a Flórida, ela teve que se matricular em uma série de aulas de paternidade com o ex-marido Khang Chen, que foi uma das testemunhas no caso. Na época, a filha mais velha, Lilly, havia sido diagnosticada com deficiência de crescimento.
A sentença está marcada para 25 de julho. Sheila O'Leary e Ryan O'Leary permanecem na prisão do condado de Lee desde novembro de 2019. Fonte: News Press.
