Viagens aéreas globais não vão se recuperar até 2024, analisa órgão

O tráfego internacional de passageiros cairá 55% em 2020, aponta IATA.

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Mercado aéreo foi um dos mais atingidos pela pandemia, diz Associação.

As viagens aéreas globais não se recuperarão da crise da Covid-19 até 2024, anunciou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). A projeção anterior do órgão apontava um ano antes.

O órgão, que representa 290 companhias aéreas, atribuiu a lenta recuperação a vários fatores, incluindo falta de confiança do consumidor, declínio nas viagens de negócios e novos picos de coronavírus nos Estados Unidos e em outros lugares.

A previsão revisada da linha de base é que o tráfego internacional de passageiros cairá 55% em 2020, em comparação a 2019. Em abril, a IATA previa que a queda fosse de apenas 46%. Espera-se que o número de passageiros aumente 62% no próximo ano, mas ainda cairá quase 30% em relação aos tempos anteriores ao Covid-19, com uma recuperação completa em níveis pré-pandêmicos em até quatro anos a partir de agora.

"O tráfego de passageiros atingiu o fundo do poço em abril, mas a força da recuperação foi muito fraca", disse Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da IATA em um comunicado. "A melhoria que vimos tem sido o voo doméstico".

Sem surpresa, espera-se que as viagens de curta distância se recuperem mais rápido que as de longa distância - devido aos níveis de conforto dos passageiros, mas também porque os mercados internacionais permanecem em grande parte fechados.

"A confiança do consumidor está abalada e não é ajudada pela decisão do fim de semana do Reino Unido de impor uma quarentena geral a todos os viajantes que retornam da Espanha", disse de Juniac.

O governo britânico fez uma surpresa na inversão de marcha em seu corredor de viagem entre Reino Unido e Espanha na semana passada, restabelecendo com efeito imediato sua quarentena de 14 dias para todos os viajantes que chegam do popular destino turístico, após um aumento nos casos de coronavírus no país.

Muitos turistas britânicos - que partiram logo após o término das aulas no verão - foram surpreendidos pela decisão. O secretário de Relações Exteriores da Inglaterra, Dominic Raab, defendeu a decisão, dizendo à Sky News que "tomou a decisão o mais rapidamente possível e não podemos pedir desculpas por isso". Leia a matéria completa no gazetanews.com.