Após explosão, Líbano declara emergência e inicia investigação

Todos os funcionários responsáveis pelo porto de Beirute desde 2014 foram colocados em prisão domiciliar; explosão foi sentida no Chipre.

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Explosão em zona portuária de Beirute, no Líbano, na terça-feira, 4, destruiu parte da cidade.

Beirute está em choque e enlutada após as duas explosões registradas na terça-feira, 4, no porto da cidade. "Quase metade de Beirute está destruída ou danificada", afirmou o governador Marwan Abbud. Mais de 100 pessoas morreram outras 4.000 ficaram feridas após as explosões.

O governo do Líbano decidiu iniciar uma investigação e na quarta-feira, 5, colocou todos os funcionários responsáveis pelo porto de Beirute desde 2014 em prisão domiciliar e declarou estado de emergência de duas semanas.

De acordo com o governo, de 250 mil a 300 mil pessoas estão desabrigadas. "Dei uma volta por Beirute. Os danos podem chegar a entre US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões", disse o governador, acrescentando que está à espera da avaliação de especialistas e engenheiros.

O primeiro-ministro Hassan Diab decretou dia de luto nacional para a quarta-feira e afirmou que as explosões foram causadas pela detonação de 2.750 toneladas de nitrato de amônia.

As buscas por sobreviventes continuavam até na quarta-feira e autoridades dizem que devia haver centenas de pessoas sob os escombros. "Nossas equipes ainda estão realizando operações de busca e salvamento nas áreas circundantes", afirmou a Cruz Vermelha Libanesa em um comunicado oficial.

A potência das explosões foi tão intensa que os sensores do USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos) as registraram como um terremoto de 3,3 pontos na escala Richter. A onda de choque dessas deflagrações foi sentida até na ilha do Chipre, a mais de 200 quilômetros de distância. Leia a matéria completa e imagens da explosão no gazetanews.com.