Especialista da defesa diz que George Floyd morreu de doença cardíaca

Por Agência Brasil

Especialista da defesa diz que George Floyd morreu de doença cardíaca

Um especialista médico que depôs para a defesa do ex-policial Derek Chauvin, da cidade norte-americana de Mineápolis, disse ao júri nesta quarta-feira (14) que acredita que a morte de George Floyd durante uma prisão foi resultado de uma doença cardíaca que fez seu coração bater de forma errática, o que se conhece como arritmia cardíaca súbita.

O doutor David Fowler, que foi o principal legista de Maryland até se aposentar em 2019, disse que a fumaça do escapamento do carro de polícia perto do qual Chauvin pressionou Floyd no chão também pode ter influenciado a morte de Floyd em maio de 2020.

Fowler pareceu contestar ao menos parte das conclusões do doutor Andrew Baker, o principal legista do condado de Hennepin, que declarou a morte de Floyd um homicídio causado por Chauvin e outros policiais que contiveram Floyd de uma maneira que privou seu corpo de oxigênio.

Fowler disse crer que a forma da morte poderia ser considerada um homicídio sob certa ótica e um acidente sob outras, e que por isso a teria declarado "imprecisa."

Chauvin, que é branco, declarou-se inocente das acusações de assassinato e homicídio culposo. Ele foi visto ajoelhado sobre o pescoço de Floyd - um homem negro que estava algemado - durante nove minutos em um vídeo gravado por um observador, o que causou protestos globais contra a brutalidade policial.

Fowler disse que a arritmia cardíaca de Floyd foi resultado de uma "doença cardíaca aterosclerótica e hipertensa", termos médicos que descrevem o estreitamento dos vasos sanguíneos e problemas cardíacos causados pela pressão alta.