Avanço da variante delta altera planos de reabertura na Europa

Por Arlaine Castro

A variante delta do coronavírus, identificada pela primeira vez na Índia, tem se tornado dominante em todo o mundo, disse nesta sexta-feira, 18, a cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan.

A variante delta do coronavírus (B.1.617.2), identificada pela primeira vez na Índia, tem se tornado dominante em todo o mundo, disse nesta sexta-feira, 18, a cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan.

O avanço tem sido tão significativo que países europeus estão alterando planos de reabertura e restabelecendo medidas de restrição de circulação de cidadãos.

A Rússia enfrenta uma situação crítica com o avanço desta nova cepa mais contagiosa do que a variante Alpha, originária do Reino Unido.

A Itália anunciou nesta sexta-feira (18) que os passageiros provenientes do Reino Unido terão que apresentar teste negativo para Covid e passar por uma quarentena obrigatória de 5 dias.

O ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, anunciou que a proibição de entrada em território nacional também foi estendida para viajantes da Índia, Bangladesh e Sri Lanka.

O Reino Unido cancelou nesta sexta-feira o tradicional carnaval de Notting Hill, que estava programado para o fim de agosto.

Portugal também enfrenta um aumento de casos da doença, o que levou o governo a proibir entradas e saídas de pessoas da área metropolitana de Lisboa neste fim de semana. A proibição entrou em vigor hoje, às 15h no horário de Lisboa, 11h em Brasília.

Variantes

Uma variante é resultado de modificações genéticas que o vírus sofre durante seu processo de replicação. Um único vírus pode ter inúmeras variantes. Quanto mais circula (transmitido de uma pessoa para outra), mais ele faz replicações – e maior é a probabilidade de ocorrência de modificações no seu material genético.

Isso não significa que as vacinas disponíveis não protejam contra esta variação do Sars-Cov-2. No Reino Unido, onde ela já é dominante, o Ministério da Saúde assegurou que as doses aplicadas conferem proteção às infecções.

Um novo estudo conduzido por pesquisadores do Reino Unido descobriu que a variante dobra o risco de hospitalização em comparação com a variante Alpha (B.1.1.7), encontrada na nação britânica.

Por outro lado, o mesmo estudo identificou que as vacinas da Pfizer/BioNTech e a Covishield (AstraZeneca/Oxford) mantêm a eficácia contra a variante, mesmo que menor.

Vacinas

Cerca de 2,5 bilhões de doses já foram aplicadas em todo o mundo. 748 milhões de pessoas foram totalmente vacinadas - 9,6% da população totalmente vacinada, segundo o Our World on Data. 

Com informações da Agência RFI.