Número global de mortes por COVID-19 atinge 5 milhões

Por Arlaine Castro

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O número global de mortes de COVID-19 chegou a 5 milhões nesta segunda-feira, 1°, menos de dois anos em uma crise que devastou países.

Juntos, os Estados Unidos, a União Europeia, a Grã-Bretanha e o Brasil - todos países de renda média alta ou alta - respondem por um oitavo da população mundial, mas quase metade de todas as mortes relatadas. Só os EUA registraram mais de 745.000 vidas perdidas, mais do que qualquer outra nação.

Os Estados Unidos continuam liderando a lista de países com o maior número de mortes por Covid-19, com 745 mil, com o Brasil em segundo lugar, com 607 mil, e a Índia em terceiro, com 458 mil, segundo a Johns Hopkins.

“Este é um momento decisivo em nossa vida”, disse o Dr. Albert Ko, um especialista em doenças infecciosas da Escola de Saúde Pública de Yale. “O que temos que fazer para nos proteger, de modo que não cheguemos a outros 5 milhões?”

O número de mortos, calculado pela Universidade Johns Hopkins, é quase igual ao das populações de Los Angeles e San Francisco juntas. Ele rivaliza com o número de pessoas mortas em batalhas entre as nações desde 1950, de acordo com estimativas do Peace Research Institute Oslo. Globalmente, a COVID-19 é agora a terceira principal causa de morte, depois de doenças cardíacas e derrame.

Na última semana, os óbitos voltaram a subir 5% globalmente, segundo o mais recente relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS). As piores situações são na Europa, que teve 14% mais mortes do que na semana anterior, e na Ásia, com um aumento de 13% no mesmo período.

Já na África elas caíram 21%, embora o ritmo de vacinação esteja extremamente lento e a OMS preveja que apenas 5 dos 54 países africanos devam conseguir alcançar a meta de vacinar totalmente 40% de sua população até o fim do ano.

Outro fator preocupante é o caso da Rússia, que diariamente tem batido recordes de casos e mortes. Já no Brasil, a situação neste momento é bem melhor do que quando o mundo tinha 4 milhões de mortes pela doença.

Na época, o país tinha a pior média mundial de óbitos, posição que hoje cabe à Romênia. Hoje, o Brasil é o 40º nesse mesmo ranking, segundo o site "Our World in Data". Com informações da Associated Press e G1.