Duelo presidencial BR: Saiba quem são os doze candidatos à Presidência nas eleições 2022

Apesar da disputa estar concentrada em Lula e Bolsonaro, a corrida eleitoral tem 12 candidatos a presidente.

Por Arlaine Castro

Ao todo, 12 candidatos disputam a Presidência da República nas eleições deste ano; na imagem acima, oito de acordo com a popularidade.

Apesar de serem os dois mais cotados, segundo as pesquisas, nem só de Lula e Bolsonaro é feita a corrida eleitoral deste ano no Brasil. Na verdade, são 12 candidatos à Presidência da República.

Além do presidente, o pleito também definirá a escolha de deputados estaduais, federais e distritais, senadores e governadores. O primeiro turno está marcado para 2 de outubro e, caso haja segundo turno, a data prevista é 30 de outubro.

Os candidatos estão em campanha oficialmente desde 16 de agosto. São eles:

Jair Bolsonaro (PL)

Militar reformado, chegando a capitão do Exército. É o 38º presidente do Brasil, cargo que assumiu em 1º de janeiro de 2019. Foi deputado federal pelo Rio de Janeiro entre 1991 e 2018. Nasceu em 1955, no município de Glicério, no interior do estado de São Paulo, mas morou em várias cidades paulistas. Formou-se na Academia Militar das Agulhas Negras em 1977. Posteriormente, serviu nos grupos de artilharia de campanha e paraquedismo do Exército.

Lula (PT)

Luiz Inácio Lula da Silva, de 76 anos, nasceu em Garanhuns (PE) e iniciou sua trajetória política como sindicalista em 1966. Foi presidente da República por dois mandatos a partir de 2003, depois de ser eleito em 2002, em disputa no segundo turno das eleições com José Serra (PSDB). Em 2006, Lula venceu Geraldo Alckmin (à época, do PSDB), atual candidato à Vice-Presidência, sendo reeleito ao cargo. A primeira vez que disputou a Presidência foi em 1989, sendo derrotado por Fernando Collor de Melo. Antes de ser eleito, tentou mais duas vezes, em 1994 e 1998, quando perdeu para Fernando Henrique Cardoso em ambas.

Em 2017, foi condenado a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Em 2018, teve a prisão decretada pelo então juiz Sergio Moro. Em 2021, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin anulou as condenações, por entender que a 13ª Vara Federal em Curitiba não tinha competência legal para julgar as acusações, tornando Lula elegível, decisão confirmada em plenário pelo Supremo no mesmo ano.

Ciro Gomes (PDT)

Natural de Pindamonhangaba (SP), Ciro Gomes construiu sua carreira política no Ceará, onde foi prefeito de Fortaleza, eleito em 1988, e governador do estado, eleito em 1990. Renunciou ao cargo de governador, em 1994, para assumir o Ministério da Fazenda, no governo Itamar Franco (1992-1994) por indicação do PSDB, seu partido na época. Ciro foi ministro da Integração Nacional de 2003 a 2006, no governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Deixou a Esplanada dos Ministérios para concorrer a deputado federal e foi eleito. Também exerceu dois mandatos de deputado estadual no Ceará. Tem 64 anos e quatro filhos.

Simone Tebet (MDB)

Senadora da República em primeiro mandato (2015-2023), Simone Tebet começou a carreira política em 2002, ao ser eleita deputada estadual em Mato Grosso do Sul. Foi prefeita por dois mandatos da cidade de Três Lagoas, de onde saiu para ser vice-governadora do estado. Advogada e professora de direito, Tebet é casada com o deputado estadual Eduardo Rocha e mãe de duas filhas. Ela terá como vice, em uma chapa 100% feminina, Mara Gabrilli (PSDB), também senadora em primeiro mandato.

Felipe D'Avila (Novo)

Felipe D'Avila, nascido em São Paulo, é cientista político, mestre em administração pública pela Universidade de Harvard e coordenador do movimento Unidos Pelo Brasil. Fundou em 2008 o Centro de Liderança Pública, uma organização sem fins lucrativos dedicada à formação de líderes políticos. É escritor e tem dez títulos publicados. Essa é a primeira vez em que ele se candidata ao cargo de presidente da República.

Vera Lúcia (PSTU)

Cofundadora do PSTU, partido pelo qual concorre pela segunda vez à Presidência - a primeira foi em 2018 - , Vera Lúcia, 54 anos, também disputou as prefeituras de São Paulo e Aracaju e o governo de Sergipe, além de ter se candidatado a uma vaga na Câmara dos Deputados. Graduada em Ciências Sociais e natural de Inajá, em Pernambuco, Vera Lúcia foi diretora da Central Única dos Trabalhadores e da Federação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Têxtil. Sua vice também forma uma chapa 100% feminina: Raquel Tremembé (PSTU), indígena da tribo Tremembé, do Maranhão.

Constituinte Eymael (DC)

Nascido em Porto Alegre, José Maria Eymael cursou filosofia e direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). É advogado com especialização em direito tributário e atua como empresário há 50 anos nas áreas de marketing, comunicação e informática. Nas urnas, será identificado como Constituinte Eymael. Como líder universitário, Eymael presidiu o Centro Acadêmico São Tomás de Aquino da Faculdade de Filosofia da PUC-RS e a Federação dos Estudantes de Universidades Particulares do Rio Grande do Sul. Nessas funções, coordenou campanhas nacionais e regionais como a do barateamento do livro didático. Em 1962, ingressou no Partido Democrata Cristão (PDC) em Porto Alegre, passando a atuar na Juventude Democrata Cristã. Eymael foi deputado constituinte. Aos 83 anos, é a sexta vez que se candidata à Presidência da República.

Léo Péricles (Unidade Popular–UP)

Leonardo Péricles é o único homem negro na disputa presidencial. Natural de Belo Horizonte, ele é técnico em eletrônica e mecânico de manutenção de máquinas. O presidenciável começou a se aproximar da política em movimentos estudantis no início dos anos 2000. Anos depois, passou a integrar o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB). Em 2008, disputou uma vaga na Câmara Municipal de Belo Horizonte, mas não se elegeu. Já pelo Unidade Popular, nas últimas eleições municipais, em 2020, concorreu como candidato a vice-prefeito de Belo Horizonte (MG), na chapa de Áurea Carolina (PSOL), ficando em quarto lugar, com 103.115 votos.

Pablo Marçal (Pros)

Esta é a primeira vez que Marçal disputa a um cargo público. Bacharel em direito e empresário, o goiano de 35 anos é casado e tem quatro filhos. Ele é conhecido como autor de livros de autogestão e por palestras e vídeos motivacionais. Em sua página na internet, também se apresenta como empreendedor imobiliário e digital, estrategista de negócios e especialista em gestão de marcas (branding).

Sofia Manzano (PCB)

Filiada ao PCB desde 1989, Sofia Manzano, de 51 anos, disputa sua segunda eleição – em 2014, foi candidata a vice-presidente na chapa de seu correligionário Mauro Iasi. Ex-presidente da União da Juventude Comunista (UJC), Manzano nasceu em São Paulo e leciona na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Economista e mestre em desenvolvimento econômico, é casada e mãe de um filho. Seu candidato a vice na chapa “puro sangue” do PCB é o jornalista Antonio Alves.

Soraya Thronicke (União Brasil)

A senadora sul-mato-grossense Soraya Thronicke foi anunciada como candidata à Presidência em 2 de agosto, após o então pré-candidato do partido, Luciano Bivar, desistir de concorrer. Essa será a primeira vez que ela disputa o Palácio do Planalto.
Soraya, de 49 anos, foi eleita pela primeira vez em 2018, e seu mandato no Senado está previsto para acabar em 2026. O vice na chapa é o economista Marcos Cintra (União Brasil), ex-deputado federal por São Paulo.

Kelmon Souza (PTB)

Padre ortodoxo, Kelmon Souza se classifica como “conservador de direita” e disputará sua primeira eleição. Ele lidera o Movimento Cristão Conservador do PTB e o Movimento Cristão Conservador Latino Americano. Apoiador de Bolsonaro, chegou a discursar em manifestações de apoio ao presidente.
Inicialmente, o padre seria candidato a vice-presidente na chapa com Roberto Jefferson (PTB). No entanto, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferir o registro da candidatura de Jefferson, o padre assumiu a cabeça da chapa.

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