Um grupo armado vestido com roupas militares matou oito policiais e um civil nesta terça-feira em um ataque ao escritório da companhia italiana de petróleo Agip na Nigéria.
Ainda não está claro se a ação ocorrida na cidade de Port Harcourt (região sul) foi realizada pelo mesmo grupo que seqüestrou quatro funcionários estrangeiros de uma outra empresa e afetou a produção de óleo durante uma escalada de violência que já dura cerca de um mês.
Composto por entre 20 e 30 homens armados com rifles AK-47, o bando chegou à empresa em duas lanchas, iniciou um longo tiroteio com a polícia e roubou um banco no local.
Uma testemunha citada pela agência Reuters, que estava no local do crime pouco depois do conflito armado, viu oito corpos de policiais e um de civil sendo carregados para ambulâncias.
Em Milão, a empresa confirmou os nove mortos e informou, em um comunicado, que "retirou temporariamente funcionários e fornecedores da área da base afetada pelo incidente". Segundo a Agip, "a situação está atualmente sob controle".
O ataque contra a Agip, uma unidade italiana da ENI, aconteceu em um momento de um alerta para as multinacionais localizadas na região do delta do Níger, responsável por quase toda a produção de 2,4 milhões de barris de petróleo por dia da Nigéria.
Militantes do Movimento de Emancipação do Delta do Níger atacaram dois dos principais oleodutos do país e seqüestraram quatro funcionários da plataforma da Royal Dutch Shell.