A Justiça da Austrália acusou um clérigo islâmico de "liderar uma organização terrorista" no país, depois de prendê-lo junto com outros 15 suspeitos de planejar atentados em Melbourne e Sydney, as duas maiores cidades australianas.
Abu Bakr, que em agosto disse que o líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, "é um grande homem", negou as acusações em um tribunal, em Melbourne.
O grupo foi preso na terça-feira de manhã e, segundo a polícia, estava preparando atentados em grande escala.
A polícia fez buscas em 23 casas em Sydney e Melbourne e disse ter apreendido substâncias químicas, armas e computadores.
Um dos suspeitos ficou gravemente ferido em uma troca de tiros com a polícia e agora está recebendo tratamento em um hospital.
O chefe da polícia do Estado de Nova Gales do Sul, Ken Moroney, disse que um ataque potencialmente catastrófico foi evitado e que não existe a "possibilidade de complacência com os acusados".
A operação envolveu 500 policiais e 16 meses de investigações.
Acusações
Nove supeitos compareceram diante de um tribunal em Melbourne, onde ouviram as acusações.
O grupo de Sydney também deve ser apresentado à Justiça nesta semana.
O promotor Richard Maidment disse à corte que os homens formam um grupo terrorista que tinha a intenção de matar "homens e mulheres inocentes na Austrália".
Ele afirmou que os suspeitos receberam treinamento militar nas áreas rurais da Austrália e chegaram a discutir a fabricação de bombas.
"Os membros do grupo de Sydney estavam reunindo substâncias químicas do mesmo tipo das usadas nos atentados no metrô de Londres", disse Maidment.
A polícia não deu detalhes sobre quais seriam os alvos dos atentados.