O filme de terror The Strangers: Prey At Night, já em cartaz desde de sexta-feira, dia 9 de março, é um moderno regresso aos anos 80. Um longa de terror que não vai tirar seu sono e nem te dá pesadelos, mas a continuação do sólido original de 2008 The Strangers, é eficaz e tem cenas bem interessantes e as vezes engraçadas/
A história segue os acontecimentos do primeiro filme. O diretor Johannes Roberts inicia o filme com uma sequência com a música Kids in America da inglesa Kim Wilde, só para estabelecer o tom e qual tipo de terror ele se baseou, mesmo que as personagens não tenham noção do que está por vir.
O casal Mike e Cindy, pais de Kinsey e Luke, decidem ir passar o final de semana em um parque de casas móveis, antes que Kinsey vá para o internato por ser uma menina rebelde e estar tendo problemas na escola. Quando chegam, Cindy já diz: “todo mundo vai embora depois do Labor Day”, e depois daí eles começam a receber a terrível visita de três psicopatas mascarados - que têm como único objetivo transformar suas vidas em um inferno e testar todos os seus limites.
Eu tive a oportunidade de uma rápida conversa por telefone com os atores Martin Henderson e Bailee Madison, enquanto estavam fazendo a promoção do filme em Miami. Bailee, que interpreta Kinsey, é de Fort Lauderdale e estava muito feliz por volta a sua terra natal para promover o longa: “muito feliz em estar aqui depois de, acho que um ano sem vir.” Quanto ao roteiro ela disse que “só precisa se jogar e deixar fluir o material, por isso que é muito legal e emocionante, mas, ao mesmo tempo, é muito perturbador."
O set de filmagens pode ser assustador, mas ao mesmo tempo tranquilo e aconchegante. Para o ator Martin Henderson, que interpreta Mike, o pai de Kinsey, esse tipo de produção não é algo novo para ele e disse: "Não é muito diferente de quando eu era criança e brincava e adorava a assustar meus amigos."
Mesmo sendo um
filme de terror previsível, com momentos que pensamos ‘o que ela está fazendo aí’ ou ‘sai daí pois o mascarado está escondido ai’, desde quando leu o roteiro, Bailee tinha certeza que queria fazer esse filme e acrescentou: "fiquei honrada de ter feito este filme porque fazia sentido para mim, pelo momento que estou e o que queria para mim. Eu queria gritar e chorar... eu adoro fazer isso."
Posso dizer que gritos, choros e correria não faltam nesse longa. A floridiana, que tem como filme de horror favorito The Shining de 1980 do diretor Stanley Kubrick, já tinha feito um filme nesse gênero em 2010 no Don’t Be Afraid of The Dark ao lado da atriz Katie Holmes: “se você olhar para a minha carreira, quando eu era menor, alguns anos atrás eu já trabalhei com esse gênero, exceto que eu era apenas uma menininha."
Dessa vez, já mais velho e com mais experiência, ela conseguiu expandir mais a personagem e acrescentou “interpretar essa adolescente revoltada, que, de repente, sai chutando portas e matando pessoas para se proteger, foi muito bom e uma boa personagem.”
Mas essa coragem de Kinsey no longa vem dos seus pais na história, Mike e Cindy, interpretados por Marin e Christina Hendricks, e Martin: "como pais, estamos lá no meio desse lugar e sendo imersos nesta situação realmente ruim, e esses pais assumem o controle e precisam lutar. E eu acho que eles fizeram um trabalho incrível.”