Mesmo derrotado no último final de semana, pelo americano Jon Jones, 25 anos, em confronto válido pelo cinturão dos meios-pesados, em uma luta do UFC 152 realizada no Canadá, o brasileiro Vitor Belfort, 35 anos, deverá ganhar boas oportunidades em seu futuro no UFC.
Apesar de não vencer a luta, Belfort ficou perto de finalizar o favorito logo no primeiro assalto. No resto da luta, não conseguiu segurar Jones, mas levou o combate para o quarto assalto, algo que muitos lutadores mais bem cotados não conseguiram ao encarar o principal atleta do UFC nos EUA.
De acordo com o próprio presidente da franquia, Dana White, Vitor Belfort ganhou pontos ao aceitar pegar Jones e, mais importante ainda, ao fazer uma luta razoável contra o jovem astro.
“Vitor queria muito essa luta, implorou por ela. É um sujeito por quem eu tenho muito respeito”, elogiou Dana White. “Ele saiu desta noite ainda maior. Agora vamos ver o que ele quer fazer”, disse após a luta.
Depois de subir temporariamente para os meio-pesados, o brasileiro agora retorna para a categoria onde vem lutando há anos, a dos médios, para atletas de até 84 quilos. E a participação no UFC 152 pode ter sido decisiva para Belfort se aproximar de seu grande objetivo: uma nova chance de disputar o cinturão contra Anderson Silva. A hipótese de uma revanche depois da famosa derrota com um chute no rosto, no início do ano passado 2011, nunca chegou a ganhar corpo. Nos últimos meses, porém, diante da falta de candidatos claros a destronar Anderson, essa voltou a ser uma possibilidade. Belfort voltou a entrar na fila para encarar o principal lutador do UFC, mas pode esbarrar em um problema: o tempo de espera para a luta.
No mês que vem, Anderson pega Stephen Bonnar no UFC Rio 3, num combate que não vale o título. Depois, o Spider pode encarar Georges St-Pierre em mais uma luta de exibição, em que não colocará o cinturão em disputa. Só depois viria a próxima defesa de título de Anderson - e, no momento, o britânico Michael Bisping e o americano Chris Weidman parecem ser os favoritos a desafiar o domínio do brasileiro na categoria.
Informações da revista “Veja”.