O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, declarou , que com a ajuda de Deus, Nova Orleans e o sudeste do país ressurgirão das ruínas. No entanto, isso não foi o suficiente para reduzir as críticas ao governo diante do desastre causado pelo furacão Katrina.
A devastação nos Estados da Louisiana, Mississippi e Alabama alteraram drasticamente a agenda de Bush em seu segundo mandato, num momento em que os EUA encaram as baixas no Iraque e outros desafios na área internacional.
Nas últimas três semanas, a Casa Branca não fala da reforma da Previdência Social, nem da política migratória ou da redução do alto déficit, de US$ 412 bilhões em 2004.
A reconstrução da região do Golfo do México se transformou na maior prioridade do governo.
Bush, cuja popularidade sofreu uma notável queda nas pesquisas, tenta consertar a imagem de seu governo diante das críticas pela lenta gestão inicial da crise.
De fato, Bush planeja realizar, na próxima terça-feira, sua quinta visita a Nova Orleans, onde 40% da cidade ainda permanece inundada.
O presidente recheou seu discurso na cadeia nacional de rádio dos sábados com referências à intervenção divina para reconstruir a região e prometeu novamente que seu governo não abandonará os que desejam "reconstruir suas comunidades e suas vidas".
"Coisas maravilhosas são possíveis quando atuamos com a graça de Deus", afirmou.
Bush apresentou na quinta-feira, 15 de setembro, um ambicioso plano de reconstrução da zona, cujas despesas, segundo alguns cálculos, poderiam superar os US$ 200 bilhões.