A China rejeitou a proposta brasileira de impor medidas comerciais para enfrentar os desequilíbrios cambiais, assim como Chile e a Suíça, todos membros da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Durante debate sobre a influência que a oscilação cambial exerce nas trocas comerciais, no dia 26, a maior exportadora mundial de mercadorias, a China, foi contra a proposta categoricamente.
Na do Grupo de Trabalho sobre Comércio, Dívida e Finanças da OMC, foi debatido um documento no qual se denuncia que a desvalorização artificial de divisas como o dólar, o euro ou o iuane provocam a valorização da moeda brasileira, o real, e portanto prejudicam suas exportações.
"O Brasil não é a única vítima da volatilidade das moedas", sentenciou a China, admitindo o problema, mas rejeitando plenamente que este deva ser resolvido na OMC. "A OMC não é o fórum correto para discutir esses temas", afirmou Pequim.
Segundo a organização, "seria ainda mais errôneo tentar regulá-lo aplicando medidas comerciais. Um aumento das tarifas ou a imposição de medidas de compensação não teria nenhum efeito positivo e seria um problema para várias normas básicas da OMC".
O governo brasileiro havia dito que não estava propondo nenhuma receita para criar o mecanismo que permita estabelecer quando um país poderia adotar medidas tarifárias por causa do impacto dos desequilíbrios cambiais, mas só pretendia incluir a discussão na agenda do órgão que rege o comércio mundial.
O debate começou em abril de 2011 e foi retomado em março deste ano em um seminário a portas fechadas realizado na OMC a pedido do Brasil, no qual os países-membros chegaram à conclusão de que esta organização não dispõe dos mecanismos adequados para fazer frente às oscilações das divisas.
As informações são da “EFE”.