O Federal Reserve (o Banco Central americano) anunciou nesta terça-feira um novo aumento de juros nos Estados Unidos, elevando a taxa básica de 3,75% para 4% ao ano.
Com o aumento a taxa ficou no valor mais alto dos últimos quatro anos.
Este foi o 12º aumento consecutivo da taxa de juros americana e, segundo analistas, a preocupação com a inflação que levou a mais um aumento não deve ser completamente dissipada – o que pode significar novas ampliações no futuro.
O Fed começou a subir os juros em junho de 2004.
Tendência
No comunicado, o Fed disse que vai levar sua política monetária com ritmo "calculado", o que para analistas sugere a intenção de aumentar ainda mais a taxa básica de juros.
O comunicado afirma que apesar do impacto dos recentes furacões, como o Wilma, o Katrina e o Rita, a economia americana continua crescendo, e que por causa do alto custo de energia, é preciso evitar um aumento excessivo de inflação.
Drew Matus, economista do mercado financeiro da corretora Lehman Brothers, disse que a expectativa é de que a taxa aumente ainda mais uma vez antes do fim do ano.
"Esperamos que a taxa de juros do Fed chegue a 4,75%, com aumentos em dezembro, janeiro e março, e com risco de que cheguem até a 5%."
O Produto Interno Bruto americano e os gastos dos consumidores cresceram nos três meses até 30 de setembro, apesar dos furacões.
O PIB cresceu a uma taxa anual de 3,8% durante o trimestre, e os gastos dos consumidores cresceram 3,9%.
O atual presidente do Banco Central americano, Alan Greenspan, está deixando o cargo em janeiro e será substituído por Ben Bernanke, o atual chefe do Conselho de Assessores Econômicos do presidente George W. Bush.