O comando militar norte-americano anunciou neste sábado a libertação de mil prisioneiros da prisão iraquiana da Abu Ghraib (30 quilômetros ao oeste da capital Bagdá), a pedido do governo local. Essa foi, até o momento da tomada do país pelas forças de coalizão lideradas pelos Estados Unidos, a maior libertação coletiva de insurgentes contra a ocupação.
O exército não informou se essa decisão foi tomada por causa de uma barganha com lideranças sunitas, que negociam o projeto da nova constituição do país. O comunicado norte-americano diz que essa libertação "é um evento de grande importância para o Iraque em sua luta por um governo democrático. Ele demonstra o envolvimento do governo iraquiano em seu esforço para assegurar segurança e justiça para todos seus cidadãos."
Segundo o exército, os prisioneiros soltos não haviam sido incriminados por crimes de gravidade, como assassinato, tortura, seqüestro ou utilização de bombas, e teriam renunciado à violência.
Abu Ghraib é a cidade onde fica a prisão que foi cenário de um escândalo em abril do ano passado, quando foram reveladas fotografias que mostravam soldados americanos humilhando prisioneiros.