O piloto Guilherme Marchetti escreveu definitivamente seu nome na história do Enduro da Independência. Com a segunda colocação no quarto e último dia de prova, o mineiro da cidade de Três Pontas conquistou seu quarto título consecutivo da competição e se tornou o maior vencedor de todas as 23 edições do Independência.
- É uma sensação incrível. Não tenho nem como descrever. Me preparei demais para esta prova, deixando de fazer muitas outras coisas. Se minha carreira terminasse agora, eu estaria realizado - disse Marchetti, após a premiação.
Segundo Marchetti, o título foi decidido no terceiro dia, quando venceu a etapa e assumiu a liderança da categoria Master, abrindo dois pontos de vantagem sobre o capixaba Sandro Hoffmann, tetracampeão brasileiro de enduro.
- No terceiro dia eu corri como nunca na vida. Sabia que se não ganhasse aquele dia não teria mais condições de vencer. Perderia por incapacidade mesmo - afirmou. - Mas andei muito forte. Quando vi o resultado, sabia que estava perto do título, e corri o último dia menos preocupado, jogando a responsabilidade para o outro lado. Felizmente tudo deu certo - completou.
Emocionado ao receber o troféu, Marchetti ofereceu o tetracampeonato à esposa Rafaela, com quem tem duas filhas: Beatriz e Giovana.
- Minha esposa é uma pessoa fantástica. Eu corro o Brasil inteiro disputando enduros e quando volto para casa ela sempre me recebe com um sorriso no rosto. Minha família sabe da minha dedicação e nunca me cobra nada. Dedico esse título a ela - ressaltou o campeão.
O capixaba Sandro Hoffmann, que liderava a competição até o segundo dia, sofreu um forte acidente e teve de abandonar a prova no quarto dia. Hoffmann bateu de frente com uma caminhonete, mas sofreu apenas algumas escoriações. O piloto capixaba ficou com o vice-campeonato, seguido pelo mineiro Felipe Zanol, em terceiro.