Uma operação de seis dias contra a imigração irregular resultou na prisão de 1.120 pessoas em diferentes regiões da Flórida, segundo anunciou o governador Ron DeSantis nesta quinta-feira (1). A ação, descrita por autoridades estaduais e federais como a maior do tipo já realizada no estado, é considerada um “aquecimento” para futuras ofensivas migratórias em todo o país.
“Isso é só o começo. O melhor ainda está por vir”, disse DeSantis em coletiva de imprensa, ao lado de autoridades do Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE). Segundo dados divulgados, 63% dos detidos possuem antecedentes criminais, enquanto o restante está sob ordens finais de deportação. A maioria é originária da Guatemala, México, Honduras, Venezuela e El Salvador.
A operação, revelada inicialmente pelo Miami Herald, envolveu mais de 250 agentes da polícia local, estadual, da Guarda Nacional e do governo federal. Os alvos foram pessoas com histórico criminal ou ordens finais de remoção nas regiões de Miami-Dade, Broward, Tampa, Orlando, Jacksonville, Tallahassee, Fort Myers e Stuart.
O plano foi conduzido com base em investigação sistemática e acordos de cooperação chamados de 287(g), que permitem a colaboração entre forças locais e autoridades federais na aplicação da lei migratória. Seis dos detidos foram apresentados como “exemplos extremos” — entre eles, acusados de sequestro e homicídio.
As autoridades afirmaram que nenhum menor de idade foi preso e que os adultos com ordens finais de deportação devem ser removidos imediatamente dos EUA. Os demais seguem sob custódia aguardando decisão judicial ou arranjos de viagem para deportação. DeSantis ainda afirmou que pretende abrir centros temporários de detenção, mas aguarda autorização federal.
Fonte: Miami Herald