Protestos contra as operações de imigração promovidas pela agência americana ICE (Imigração e Alfândega) começaram em Los Angeles na última sexta-feira e se espalharam por diversas cidades dos Estados Unidos ao longo da semana. As manifestações, que se intensificaram após uma série de batidas migratórias na Califórnia, provocaram confrontos com a polícia e levaram o governo Trump a mobilizar tropas da Guarda Nacional, mesmo sem pedido do governador da Califórnia, Gavin Newsom.
As ações do ICE geraram reações em Austin, Washington, D.C., San Francisco, Denver, Nova York, Filadélfia, Seattle, Chicago, Dallas, Santa Ana e Boston. Em algumas cidades, os protestos terminaram em confrontos violentos e dezenas de prisões. Em Austin, por exemplo, policiais foram feridos com pedras e outros objetos, e ao menos 12 manifestantes foram detidos. Em Nova York e Chicago, os atos atraíram milhares de pessoas.
Na Filadélfia, 15 pessoas foram presas após confrontos com a polícia durante um protesto contra o ICE. Em Denver, o protesto pacífico se transformou em tumulto com objetos sendo lançados contra policiais. Já em San Francisco e Los Angeles, pichações e vandalismo marcaram os protestos, e a Guarda Nacional foi mobilizada para proteger prédios públicos.
Os protestos também denunciaram a prisão de David Huerta, presidente do SEIU California (sindicato de trabalhadores), detido durante as batidas em Los Angeles. A detenção causou indignação entre líderes sindicais e políticos democratas, que acusaram o governo Trump de usar táticas autoritárias. A prefeita de Boston, Michelle Wu, e a deputada Pramila Jayapal, entre outros, participaram dos atos e criticaram duramente as ações do ICE.
Mesmo diante da crescente pressão, o governo federal afirmou que continuará com as operações. “O ICE continuará a cumprir a lei”, disse a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem. Governadores republicanos, como Greg Abbott no Texas, afirmaram que usarão a Guarda Nacional para manter a ordem. Ativistas, por sua vez, prometem novos protestos, incluindo manifestações chamadas “No Kings” no próximo sábado, em resposta ao desfile militar de Trump em Washington.
Fonte: CBS
