Um juiz federal da cidade de Seattle, em Washington, suspendeu parcialmente a proibição de viagem ordenada pelo presidente Donald Trump que veta a entrada nos Estados Unidos de cidadãos procedentes de países de maioria muçulmana.
No fim de outubro, Trump vetou por 90 dias (até ser feita nova revisão) a entrada de refugiados procedentes de 11 países – Coreia do Norte, Egito, Iêmen, Irã, Iraque, Líbia, Mali, Síria, Somália, Sudão do Sul e Sudão –,a maioria islâmica e situados na África e no Oriente Médio.
O juiz colocou os direitos humanos dos migrantes acima das considerações de segurança nacional justificadas por Trump e argumentou que a regra impede a reunião dos viajantes com familiares que vivem de forma legal nos EUA.
A nova suspensão ocorreu no último sábado, 23, pelo juiz James Robart, após receber as apelações de duas organizações de proteção dos direitos civis, a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) e o Serviço da Família Judaica.
As associações alegaram que a proibição de Trump causa danos irreparáveis às famílias, além de pôr certos indivíduos em risco. Segundo os advogados do governo, em contrapartida, a medida seria necessária para proteger a segurança nacional.
Pela ordem do juiz, o governo federal é obrigado a admitir solicitações de certos refugiados que encaixarem como “cidadãos com uma relação real com uma pessoa ou entidade dos EUA".
Os países afetados pela medida de Trump são de maioria muçulmana, situados na África e Oriente Médio. Desde que assumiu a Casa Branca, Trump criticou as leis migratórias e de refugiados dos EUA e prometeu reforçar os requisitos para ingressar e conseguir a residência legal no país, sobretudo para os provenientes desses países.