Um livro escrito pelo ex-tenista Magnus Norman e dois jornalistas suecos pode reabrir a polêmica do doping no esporte. Em Tennis Off The Record, os autores insinuam que Andre Agassi usou substâncias proibidas e que o caso foi abafado pela ATP para proteger sua estrela.
Em maio de 2003, o checo Bohdan Ulihrach foi suspenso por 2 anos, multado em US$ 43.770 e perdeu cem posições no ranking por antidoping positivo para o esteróide nandrolona, detectado em amostra de urina colhida em outubro de 2002. Entre agosto de 2002 e meados de maio de 2003, outras seis amostras apontaram a presença da mesma substância.
“Há uma chance de que Agassi seja um desses seis tenistas”, declarou Jonas Arnesen, um dos autores, ao jornal sueco Aftonbladet. Arnesen e Norman ressaltam que, enquanto não existirem provas, Agassi é inocente. “Não vamos condenar ninguém.” No livro são relembrados casos em que Agassi, após sofrer lesões, se recuperava logo ou de como conseguia entrar em forma rapidamente. “Em um mês, deixou de ser gordo e fraco para exibir físico perfeito.”
O fato é que logo depois da condenação de Ulihrach a entidade chegou à conclusão de que os jogadores pegos no antidoping teriam sido contaminados por isotônicos fornecidos a eles pela própria entidade. Dois meses depois de suspenso, Ulihrach foi reintegrado ao circuito e os nomes dos outros seis tenistas nunca foram revelados.