A ONU (Organização das Nações Unidas) calcula que dentro de cinco anos 50 milhões de pessoas vão ser consideradas refugiadas devido a problemas ambientais nas regiões onde vivem.
Um estudo da Universidade das Nações Unidas (UNU) estima que hoje já existem tantos refugiados ambientais quanto pessoas que são forçadas a deixar suas casas por causa de distúrbios políticos ou sociais.
Entre os problemas ambientais que deixam as pessoas refugiadas estão o esgotamento do solo, a desertificação, enchentes, terremotos e outros desastres naturais.
O estudo da universidade afirma que é preciso criar mecanismos para que estas pessoas recebam proteção adequada, e para tanto está na hora de criar uma definição legal para o conceito de refugiados ambientais.
Convenção
Uma convenção adotada pela ONU em 1951 sobre assunto define refugiados como uma pessoa que teme "ser perseguida por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas" e "se encontra fora do país de sua nacionalidade".
"Nós precisamos definir o que queremos dizer com refugiados políticos, econômicos e ambientais", disse o reitor da Universidade das Nações Unidas, Han van Ginkel, à BBC.
"Se definirmos o problema melhor, podemos nos preparar para o nível de necessidades que precisam ser supridas", afirmou.
Outro problema é que, historicamente, pessoas só são consideradas refugiadas caso tenham de deixar o país onde vivem.
Mas desastres como o furacão Katrina mostraram de forma clara que muita gente que tem de deixar suas casas por causas naturais com freqüência permanece no país onde vive.