Os candidatos à presidência, Donald Trump e Joe Biden, se enfrentam cara à cara num último debate nesta quinta-feira, 22. O evento será transmitido pela televisão de Nashville, no estado de Tennessee, às 9 pm (horário local).
Para evitar o caos do primeiro encontro, onde os adversários trocaram ofensas, o microfone do candidato que não estiver falando ficará desligado. “Me parece muito injusto”, afirmou Trump ontem. A comissão de debates disse que a mudança era necessária para permitir uma discussão mais clara, após um primeiro debate caótico e inacessível. Pessoas próximas a Trump o aconselharam a diminuir o tom e interromper Biden menos desta vez.
A 12 dias da eleição presidencial, para o presidente Donald Trump, o confronto final com Joe Biden tem clima de revanche. Atrás do rival nas pesquisas, com mais de 45 milhões de votos já enviados, ele precisa assegurar um bom desempenho no debate em Nashville para compensar o fiasco do primeiro duelo. Para o democrata, esta noite basta o empate: evitar um erro grave, em vez de perseguir a vitória.
Fontes de Trump dizem que realmente esperam que ele evite atingir seu novo alvo favorito, o Dr. Anthony Fauci, que é uma das figuras mais populares na América atualmente. Uma fonte disse à CNN esta semana que Trump foi informado em conversas privadas que acertar Fauci como ele tem feito é "a coisa mais estúpida da história da política".
O debate em Nashville será, para Trump, uma das últimas oportunidades de alto nível para tentar mudar os rumos da campanha, assim como sua posição de desvantagem nas pesquisas.
Segundo a média de enquetes do site RealClearPolitics, Biden tem uma vantagem de 7,5 pontos percentuais em nível nacional sobre Trump – uma tendência decrescente – e mantém uma distância, ainda que menor, nos estados pendulares. Neles, as preferências dos eleitores oscilam entre republicanos e democratas.
“Não podemos confiar. Não me importam as pesquisas”, frisou o ex-presidente Barack Obama, em um comício na Filadélfia, no estado-chave da Pensilvânia.
O debate previsto para 15 de outubro – transferido para um formato virtual depois do contágio do presidente por covid-19 – foi rejeitado por Trump e acabou não acontecendo. Com informações do The Washigton Post e AFP.