A Food and Drug Administration – FDA, aprovou no último sábado (27) a utilização em caráter emergencial do imunizante em dose única da Johnson & Johnson. A administração afirmou também que a vacina da companhia americana oferece proteção contra o coronavírus. Segundo o órgão, o imunizante de dose única se mostrou 85% eficaz na prevenção da Covid-19, prevenindo também agravação da doença, hospitalizações e mortes para os que se infectarem.
As provisões de 20 milhões de doses podem começar a serem enviadas aos estados a partir da próxima semana. A J&J espera entregar 100 milhões de vacinas aos Estados Unidos até o meio do ano. Além disso, a empresa também está buscando a autorização do uso de emergência de seu imunizante na Europa e na Organização Mundial de Saúde.
Os especialistas da área da saúde estão ansiosos com a opção oferecida pela J&J. O ponto forte da vacina é o fato de ser eficaz com apenas uma dose, mas, segundo os estudos, outra vantagem que ela também protege contra algumas variantes da Covid-19.
Entretanto, a FDA fez um alerta a população que mesmo após vacinada, precisará tomando certos cuidados por um tempo. Segundo a organização, ainda é cedo para afirmar se alguém que pega uma infecção leve ou assintomática apesar da vacinação ainda pode espalhar o vírus.
Apesar da possibilidade de mais uma vacina em atuação ser uma boa notícia, muitas pessoas ainda estão com receio, ou na dúvida sobre qual seria o melhor imunizante. O doutor Arnold Monto, da University of Michigan, explicou que no atual cenário da pandemia, a melhor opção de vacina é aquela que se encontra disponível.
Dr. Francis Collins, diretor do National Institutes of Health, compartilha da opinião do colega. “O mais importante a se fazer agora é aplicar o maior número de vacinas no maior número de braços”, disse em entrevista ao The Associate Press.
O médico também disse que as evidências não mostram nenhuma razão para favorecer uma vacina em vez de outra. Collins disse que ao invés de se preocupar com dados técnicos ou qual imunizante é o melhor, as pessoas deviam estar mais interessadas no fato de que todas as vacinas aprovadas até agora, comprovadamente evitam a doença e consequentemente agravamentos e fatalidades.
Além da vantagem de oferecer uma dose única, A vacina J&J também é mais fácil de manusear, durando três meses na geladeira, se comparada às opções Pfizer e Moderna, que devem ser congeladas.
Em relação aos efeitos colaterais, O FDA disse que os estudos não detectaram nada grave. Como outras vacinas COVID-19, os principais efeitos colaterais da injeção da J&J são dor no local da aplicação e febre semelhante à gripe, fadiga e dor de cabeça.
A vacina foi autorizada para uso de emergência em adultos com 18 anos ou mais por enquanto. Mas, como outros fabricantes, a J&J está prestes a estudar como ele funciona em adolescentes antes de mudar para crianças mais novas no final do ano, e também planeja um estudo em mulheres grávidas.
Em um estudo separado, a empresa americana está testando duas doses de sua vacina. Sobre isso, Collins disse que se uma segunda dose for eventualmente considerada mais eficaz, as pessoas que já foram vacinadas anteriormente, poderão receber a segunda porção da vacina.
Fontes: Sun Sentinel e BBC
