Três em cada quatro crianças dos Estados Unidos foram infectadas com o coronavírus, estimaram pesquisadores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças em um relatório nesta terça-feira, 26.
Os pesquisadores examinaram amostras de sangue de mais de 200.000 americanos e procuraram anticorpos contra vírus feitos de infecções, não de vacinas. Eles descobriram que os sinais de infecção passada aumentaram dramaticamente entre dezembro e fevereiro, quando a variante ômicron mais contagiosa surgiu nos EUA.
O aumento mais notável foi nas crianças. A porcentagem de menores de 17 anos com anticorpos aumentou de cerca de 45% em dezembro para cerca de 75% em fevereiro.
Para americanos de todas as idades, cerca de 34% apresentaram sinais de infecção prévia em dezembro. Apenas dois meses depois, 58% o fizeram.
“Esperava que aumentasse. Eu não esperava que aumentasse tanto”, disse Kristie Clarke, co-líder de uma equipe do CDC que rastreia a extensão das infecções por coronavírus.
Quanto mais idosos eram, menor a probabilidade de terem evidências de infecções passadas, segundo o estudo. Para aqueles com 65 anos ou mais, 19% tinham sinais de infecção prévia em dezembro e 33% em fevereiro. Isso pode ser porque os adultos mais velhos têm taxas de vacinação mais altas e podem ser mais propensos a tomar outras precauções COVID-19, como usar máscaras e evitar multidões, disse Clarke.
Os testes podem detectar anticorpos por um a dois anos após a infecção, e possivelmente por mais tempo, diz a equipe do CDC.
Estudos mostraram que infecções anteriores podem proteger algumas pessoas contra doenças graves e hospitalização, mas os funcionários do CDC enfatizaram que os infectados anteriormente ainda devem receber vacinas contra a COVID-19.
O estudo procurou qualquer nível detectável de anticorpos; não distinguiu quantas pessoas tinham níveis de anticorpos que poderiam ser protetores. Os cientistas ainda estão tentando entender o papel que esses tipos de anticorpos desempenham na proteção contra futuras exposições a vírus.
As autoridades continuam pedindo aos americanos que obtenham vacinas e reforços, que oferecem proteção adicional contra o COVID-19 para todos, incluindo aqueles que foram infectados anteriormente. Fonte: Associated Press.
