Na terça-feira (04), a China anunciou que implementará tarifas retaliatórias sobre diversos produtos dos EUA em resposta às tarifas impostas pelo presidente Trump. Além disso, o governo chinês iniciou uma investigação antitruste sobre o Google e outras medidas comerciais voltadas para os EUA, intensificando a tensão entre as duas potências econômicas.
Enquanto isso, as tarifas dos EUA sobre produtos do Canadá e do México também estavam programadas para entrarem em vigor, mas Trump adiou a implementação por um mês, após conversas com os líderes de ambos os países. Eles prometeram intensificar os esforços no combate ao tráfico de drogas e migração. Trump também planeja conversar com o presidente chinês Xi Jinping nos próximos dias.
A China anunciou tarifas de 15% sobre carvão e gás natural liquefeito e de 10% sobre petróleo bruto, máquinas agrícolas e carros com grandes motores importados dos EUA. A medida será implementada na próxima segunda-feira (10). A China argumenta que as tarifas dos EUA violam as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e prejudicam a cooperação econômica bilateral.
Além disso, o governo chinês anunciou um controle sobre a exportação de minerais críticos para a produção de tecnologias modernas, como tungstênio e bismuto, muitos dos quais são essenciais para a segurança econômica dos EUA. A China também colocou duas empresas americanas na lista de "entidades não confiáveis", impedindo-as de realizar atividades de importação ou exportação relacionadas à China.
Analistas afirmam que essas medidas retaliatórias não afetarão apenas a economia dos EUA, mas também terão repercussões globais. Diferente da guerra comercial de 2018, a China parece estar mais bem preparada para responder desta vez, com um regime de controle de exportações mais desenvolvido. No entanto, especialistas alertam que essa escalada de medidas pode resultar em uma desaceleração do crescimento global, aumento da inflação nos EUA e pressão sobre as taxas de juros.
Fonte: CBS