Na quarta-feira, o presidente Trump aumentou oficialmente as tarifas sobre todas as importações de aço e alumínio para 25%, prometendo que isso ajudaria a criar empregos nas fábricas dos EUA, em um momento em que suas ameaças de tarifas, que vêm sendo inconstantes, estão abalando o mercado de ações e gerando preocupações sobre uma desaceleração econômica, aumento da inflação e até uma possível guerra comercial global.
A União Europeia rapidamente anunciou que tomaria medidas retaliatórias, que entrarão em vigor a partir de 1º de abril. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, afirmou que a UE responderia com medidas que somam 26 bilhões de euros (aproximadamente 28 bilhões de dólares). A UE já se preparava para essas tarifas, mas as tensões nas relações transatlânticas aumentam. As medidas da União Europeia não se limitarão apenas a aço e alumínio, mas também afetarão produtos têxteis, eletrodomésticos e produtos agrícolas.
O governo australiano também criticou a medida, com o primeiro-ministro Anthony Albanese afirmando que a política de tarifas é "totalmente injustificada" e prejudica o crescimento econômico. Trump, por sua vez, afirmou que essas tarifas incentivariam a construção de fábricas nos EUA e trariam mais empregos ao país.
O Brasil é, em volume, o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, conforme dados do Departamento de Comércio norte-americano. Ao todo, foram 4,1 milhões de toneladas em exportações para o país em 2024, número que deve diminuir, e muito, com a imposição das novas tarifas. o cenário irá exigir que o Brasil diversifique os destinos dos produtos, buscando mercados em outros países — tarefa difícil, já que a concorrência esbarra na China, uma grande exportadora. Outra alternativa seria tentar vender o excedente no próprio mercado nacional.
Fonte: CBS