A administração Obama levou a batalha imigratória para a Suprema Corte, pedindo formalmente que os juízes revejam a decisão da corte federal de manter o bloqueio sobre as Ordens Executivas anunciadas pelo presidente há um ano.
O documento de 45 páginas de extensão, com a assinatura do procurador-geral dos Estados Unidos, Donald Verrilli, pede à Suprema Corte que inicie uma revisão do caso e reafirma a autoridade do presidente para assinar decretos sobre política migratória. “Pedimos revisão imediata da decisão”, escreveu Verrilli e outros advogados da administração, no dia 20.
Verrilli disse que a decisão contra a administração “irá forçar milhões de pessoas – que não são de prioridade de deportação sob critérios que a corte disse serem válidos e que são pais de cidadãos americanos e residentes permanentes – a continuar trabalhando ilegalmente, sem a opção de trabalhar de acordo com a lei para sustentar suas famílias. E isso irá colocar uma nuvem sobre as vidas de centenas de milhares de pessoas que vieram para os Estados Unidos enquanto crianças, viveram no país por anos e que anteriormente foram poupadas da deportação sob uma versão anterior do program ‘deferred action’ criado por Obama em 2012 e que ele tentou expandir há um ano”.
A administração ficou sob pressão de levar o caso rapidamente para a Suprema Corte, já que há apenas uma pequena janela de tempo para que os nove juízes aceitem ouvir o caso nesse período. Se a Suprema Corte não aceitar pegar o caso agora, Obama irá deixar o cargo antes que seja ouvido.
