A Organização das Nações Unidas agendou para os dias de 3 a 8 de abril uma sessão extra com a presença de 200 países com o objetivo de ampliar projetos e compromissos a favor de um novo acordo multilateral que suceda o Protocolo de Kyoto.
A decisão prevê, por meio de um novo protocolo ou acordo, desacelerar as causas e efeitos do aquecimento global. Depois de três anos, com reuniões confusas e de pouco entendimento, especialistas acreditam que neste ano de 2011, a ONU organizará um número menor de reuniões, mas com mais foco e objetividade.
Essa sessão extra será realizada na cidade de Bangcoc, na Tailândia, e promete ter representantes governamentais de alta hierarquia. Posteriormente, em junho, teremos uma reunião em Bonn, Alemanha, e outra com a presença de ministros do Meio Ambiente na cidade de Durban, a COP 17, no final de 2011.
Antes de combater diretamente e popularmente o aquecimento global, o mundo ainda está em busca de um sucessor para o Protocolo de Kyoto, um compromisso assinado que envolva e responsabilize todos os países por meio de vários projetos que mitigue o desmatamento e as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.
Mas, antes que o sonhado documento sucessor de Kyoto não nasça, não seria possível países como EUA, China e União Europeia incentivarem e ajudarem a patrocinar a diminuição das emissões de maneira mais efetiva, afinal, apesar da crise financeira, esses países ainda têm a melhor base acadêmica e tecnológica do mundo.Projetos que unam universidades, ONGs ambientalistas e grandes empresas de vários setores poderiam gerar empregos, produtos e lucro socioambiental favoráveis para investidores, consumidores e claro, para a natureza. Será que a vontade e uma nova maneira de investir dependem somente da assinatura formal de governantes?
Sobre essa nova reunião da ONU, o termo "sessão extra" nos remete a pensar em cinema, e quem será o ator principal das negociações? A política consumista individualista ou a consciência ecológica que visa trabalhar por um mundo melhor para todos? Pelo menos a ONU não agendou a sessão extra para o dia 1° de abril. Sobretudo, as grandes expectativas continuam sobre a COP 17, a ser realizada em Durban, África do Sul, no final do ano. Cabe a nós, cidadãos, estudantes e trabalhadores a fortalecer nossa opinião e pequenas ações a favor de um mundo mais justo ambientalmente.
