Uma repercussão às avessas é o que Oscar Schmidt notou, no seu cotidiano, sobre a posição da Confederação Brasileira de Basquete de não chamar para as seleções brasileiras os jogadores de clubes que disputarem a Nossa Liga de Basquete. Oscar disse que, por onde anda, nos últimos dias, o assunto é a liga. “Ninguém mais pergunta sobre o Pan de Indianápolis. Nunca se falou tanto do basquete de agora”, observa Oscar, achando que Grego foi desastrado se teve a intenção de pressionar a NLB. Divulgou o torneio, que começa dia 25, com 18 equipes.
Oscar espera que o presidente da CBB, Gerasime Grego Bozikis, “mude de opinião. E que se isso não ocorrer, os treinadores não aceitem outro critério de convocação que não seja o técnico. Ou, se nada disso ocorrer, que todos torçam para que não nasça nenhum Michael Jordan na NLB para não ser um prejuízo à seleção”.
Oscar disse ainda que a liga concorda em conversar com a CBB. “Um telegrama para a liga será o suficiente”. Garante que a NLB procurou a CBB. A intermediação prometida, em entrevista coletiva, pelo presidente da Federação Paulista de Basquete, Toni Chackmati, não foi feita.
O veto aos jogadores da NLB nas seleções não teve apoio integral nem mesmo entre os clubes que formam o Nacional. “O tema é complexo, vai demandar mais discussões”, observou Alexandre Cunha, diretor de basquete do Minas Tênis, um dos oito clubes integrantes da Comissão Executiva do Nacional, criada esse ano para administrar o campeonato da CBB, a partir de reivindicações dos clubes e após a criação da NLB.
“O atleta não teve opção de escolha. Quando assinou o contrato com o clube, não sabia o torneio que a equipe iria jogar”, comentou Cunha, dizendo que pediu um parecer do Departamento Jurídico do Minas para se posicionar. Disse que vale a decisão da CBB, mas que uma nova reunião poderá avaliar os prós e os contras.
O Flamengo, que não se inscreveu como exigia a CBB, até o dia 20 de setembro, vai disputar o Nacional. O time mandou uma carta para a Comissão Executiva e foi aceito, segundo confirmou, nesta quinta-feira, o diretor de Esportes Olímpicos do clube, Roberto Santos. Uma equipe reforçada por Gema e Olivia, com Alexei e Alberto, quer brigar com o Telemar, da NLB, pelo título. “Nós não nos inscrevemos no Nacional porque sabíamos que o Estadual era classificatório”, explicou Santos.
Segundo a CBB, o São Caetano, que se inscreveu no Nacional, não é o mesmo que está inscrito na NLB (a equipe é a feminina), e o Pinheiros não retirou sua participação. Tijuca e Nova Friburgo, no entanto, não tem mesmo equipes.