O ministro da Fazenda Antonio Palocci negou neste domingo que tenha criado, em Brasília ou em Ribeirão Preto, São Paulo, "uma república de amigos" em ministérios e em áreas estratégicas do governo, como vem sendo citado em matérias nas últimas semanas. Palocci lembrou que integrou a equipe de transição do governo Fernando Henrique Cardoso para o governo Lula, em uma ocasião em que conheceu inúmeros técnicos "extremamente competentes", mas que se limitou nos anos seguintes a apenas sugerir nomes ao presidente Lula.
Segundo Palocci, integrantes de sua equipe, em geral secretários de confiança, foram nomeados por ele para cargos que "não exercem qualquer influência em decisões fundamentais para a economia".
- Quero deixar claro que este Ministério não é uma República. Nomeei apenas um ou dois integrantes da minha equipe que não exercem qualquer influência em decisões fundamentais para a economia. Todos os demais conheci ou na transição ou após o início do governo. Quando escolhi alguns nomes deixei todos eles à vontade para que montassem as próprias equipes. Muitas vezes sou até criticado porque não fiz uma grande mudança no ministério (da Fazenda), mas confio na equipe que está lá hoje - afirmou, ao fazer referência, ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e ao secretário do Tesouro, Joaquim Levi.
E reforçou:
- Trouxe pessoas da minha confiança, que respeito, mas que não participam de decisões fundamentais da política econômica. Mas volto a negar com veemência que a montagem do Ministério da Fazenda tenha sido inspirada em uma República de amigos. Esta afirmação não encontra respaldo na realidade - disse.