O presidente norte-americano, George W. Bush, lançou neste sábado(3) uma campanha pela proibição constitucional do matrimônio entre homossexuais, no intuito de confirmar o apoio da base eleitoral mais conservadora ao Partido Republicano, com vistas à eleição legislativa de novembro.
Sua defesa de uma emenda constitucional que defina explicitamente o matrimônio como a união entre um homem e uma mulher, realizada em seu programa de rádio semanal, é o primeiro passo até a provável votação da medida pelo Senado na próxima semana.
"Séculos de experiência nos ensinaram que o compromisso de um homem e de uma mulher de se amarem e se ajudarem promove o bem-estar das crianças e a estabilidade da sociedade", disse ele.
Bush reiterou que a questão requer "uma solução nacional" e que militantes se manifestaram de forma contrária à definição tradicional do matrimônio, nos Estados de Washington, Califórnia, Maryland, Nova York e Nebraska.
"É necessária uma emenda à Constituição porque os tribunais e militantes não deixam outra opção a nosso país. Essa questão nacional requer uma solução nacional, e em um tema de tão profunda importância, essa solução deveria vir do povo e não dos tribunais", disse ele.
As emendas constitucionais pedem o apoio de dois terços dos congressistas, seja no Senado ou na câmara de Representantes, e de três quartos dos Estados, uma maioria que Bush não possui.
