O presidente da Rússia, Vladimir Putin, de 65 anos, foi reeleito no domingo, dia 18, para um mandato de mais seis anos.
"A Rússia está fadada ao sucesso. Devemos manter a unidade", disse Putin perante milhares de pessoas reunidas na praça Manezh, perto do Kremlin, apesar dos 12 graus negativos marcados pelos termômetros.
Segundo a Comissão Eleitoral Central (CEC), Putin obteve mais de 75,01% dos votos, após a apuração de 50% dos votos emitidos.
De acordo com a CEC, em segundo lugar aparece o candidato comunista, o milionário Pavel Grudinin, com 13,39%, muito à frente do líder ultranacionalista Vladímir Khirinovski, na terceira posição com 6,34%.
Em quarto lugar aparecia a única mulher candidata, a jornalista Ksenia Sobchak, com 1,42%, enquanto os outros quatro candidatos não conseguiram sequer 1%.
O apoio ao presidente russo foi ainda maior em lugares como a Crimeia, onde, com 21% da apuração concluída, teria recebido 91,69% dos votos.
Na península anexada há exatamente quatro anos, seus habitantes participaram hoje pela primeira vez de eleições presidenciais e 1,5 milhão de eleitores teria dado apenas 2,23% dos votos a Grudinin.
Putin também obteve cifras estratosféricas de apoio na república caucasiana da Chechênia, 93%, e na do Tartaristão, mais de 97%, segundo a CEC.
Em Moscou e em São Petersburgo, as duas principais cidades do país e redutos da oposição extraparlamentar, Putin atingiu um apoio muito mais amplo do que o esperado, superior a 70%.
A presidenta da CEC, Ella Panfilova, assegurou que estas foram "eleições transparentes", enquanto a defensora pública, Tatiana Moskalkova, rejeitou que tivesse havido denúncias de irregularidades em massa.
No entanto, o opositor Alexei Navalny, que estava inabilitado para concorrer às eleições, denunciou algumas irregularidades na jornada eleitoral.
No mesmo sentido, o candidato Grudinin qualificou estas eleições como "as mais sujas que aconteceram no período pós-soviético". Com informações da EFE.