SALA PROVISÓRIA
Nunca se sabe quando estamos num lugar pela última vez. Numa casa que vai ser demolida, numa sala provisória que vai encerrar, num velho café que mudará de ramo, como página virada jamais reaberta, como canção demasiado gasta, como abraço tornado irrepetível, numa porta a que não voltaremos.Inês Lourenço, O Segundo Olhar, Companhia das Ilhas, 2015