Celebridades na lista
Nomes conhecidos como o craque Ronaldinho Gaúcho são mencionados na investigação. O apartamento 1-1503, avaliado em R$ 3,6 milhões, comprado em 20 de dezembro de 2013, está em nome de Roberto Assis, irmão e empresário do craque. O deputado estadual mineiro João Magalhães, do PMDB, ex-deputado federal ligado ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, preso em Curitiba, também possui imóvel no mesmo local. Frequentador das planilhas de pagamentos de propina da JBS, associado à cifra de R$ 6 milhões, Magalhães usufrui da suíte 1-1003, avaliada em R$ 2,3 milhões, registrada em nome da Splendida Trade Company LLC, uma offshore de sua mulher, Renata.Sonegação
As propriedades não constavam nas declarações e eram desconhecidas da Receita Federal, que nos últimos meses, passou a processar dados do Fisco dos Estados Unidos compartilhados com auditores brasileiros. Em parceria, a Receita envia aos Estados Unidos informações de americanos que têm investimentos no Brasil. Os dados ficam armazenados no Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e em servidores instalados dentro do prédio da Receita. Esses supercomputadores só podem ser acessados por um pequeno grupo de auditores especializados em seleção de contribuintes e em mineração de dados. Segundo a Receita, a próxima investigação será sobre aquisição de imóveis em Nova York. A partir de 2018, o órgão promete apertar ainda mais o cerco. As mesmas técnicas de cruzamento de informações passarão a ser empregadas em mais de 100 países, pois o Brasil integrará a Convenção Multilateral para Troca de Informações entre Países. A Receita brasileira terá o aval e as informações necessárias para investigar e identificar os sonegadores nacionais espalhados pelo mundo. O primeiro país, além dos Estados Unidos, será Portugal. Com informações da revista Época e Agência Brasil.