Após o Congresso americano aprovar medidas contra o governo russo na semana passada, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, determinou no último domingo, 30, a retirada de 755 diplomatas norte-americanos do território russo.
A ordem estabeleceu o dia 1º de setembro como prazo para a saída dos diplomatas. O objetivo da medida declarada por Putin seria igualar a quantidade de diplomatas russos trabalhando nos Estados Unidos, mas a decisão está sendo encarada como uma resposta às novas sanções que os Estados Unidos devem adotar contra a Rússia.
Recentemente, o Congresso dos EUA aprovou uma série de medidas para punir a Rússia após investigações de agências de inteligência concluírem que Moscou tentou interferir nas eleições presidenciais do ano passado. A medida ainda precisa ser sancionada pelo presidente Donald Trump, mas o governo já sinalizou que a aprova a decisão. Segundo a porta-voz da Casa Branca, Sarah Hackabee Sanders, Trump "revisou a versão final, aprova a lei e pretende assiná-la".
Por sua vez, Putin afirmou que “é hora de mostrar aos EUA que não deixaremos suas medidas sem resposta. Mais de mil funcionários – diplomatas e profissionais técnicos – trabalharam e continuam trabalhando atualmente na Rússia, mas 755 terão de interromper sua atividade", disse Putin, em entrevista à rede de televisão Rossiya 1.
O presidente da Rússia alertou ainda que o país tem aguardado tempo suficiente, com a esperança de que a situação pudesse melhorar. "Porém, tudo indica que caso a situação mude, isso não vai acontecer rapidamente", advertiu durante entrevista ao Rossia 24, canal público de TV.Fonte: The New York Times.